terça-feira, 17 de novembro de 2015

O que aconteceu com o Moby, nosso amado gato?


Aconteceu o que relato no post abaixo, até o ponto em que ele permaneceu internado na clínica, para submeter-se a exames. No entanto – e isso eu só pude perceber depois – o veterinário não deve ter dito que ele estava apenas desidratado e estressado. Esta foi a interpretação que minhas filhas deram às palavras dele, por estarem ardentemente desejosas de que nosso gatinho voltasse logo para casa. Eu mesma duvidei desse diagnóstico, quando elas me relataram as palavras do médico. Cheguei a lhes perguntar: será possível que todo o problema dele seja mesmo só esse? (ele não dormira bem à noite, e aparentava desconforto). Mas o Moby jamais passara tanto tempo fora de casa, jamais se envolvera numa aventura tão séria, então tudo era possível. Aí ocorreu de marido e filhas passarem na clínica, horas depois de deixarem o gato lá, apenas para serem informados de que, minutos antes, nosso bichinho sofrera uma parada cardíaca. E partira para o céu dos gatos. 

Isso me doeu enormemente, eu amava o Moby demais. Ele era um gato muito felino, apesar de ter também certas características dos cães. Dos felinos ele tinha o porte altivo e soberano, uma inclinação para não “dar o braço a torcer” (ficou um dia inteiro me ignorando, quando voltei das minhas duas semanas de férias em outubro; foi como se ele me dissesse: como ousaste ausentar-te de minha vida por duas semanas?! rsrs), e um grande instinto de caçador. Durante a sua curta vida abateu várias lagartixas e outros bichinhos menores, coisa que eu sempre repreendia severamente. E dos cães ele tinha aquele jeito de nos fazer entender, que tínhamos com ele uma relação especial. Todos os dias de manhã (exceto aqueles em que ele dormia fora de casa, na área de serviço) ele se postava em frente à porta do meu quarto, minutos antes de eu sair. Eu sempre achava isso uma coisa extraordinária, pois saio do meu quarto às 4:45 horas da manhã. E por acordar tão cedo, eu nunca acendo as luzes e nem faço ruídos, para não despertar o meu marido; faço tudo o que tenho de fazer nesses momentos no escuro, rsrs. Mas eis que, ao abrir a porta do quarto, eu invariavelmente encontrava o Moby sentado, à minha espera. E eu dizia a ele baixinho: “E aí, meu rapaz, dormiu bem?”. Ele roçava a barriga em minhas pernas e partia em disparada, escada abaixo, por saber que eu seguia atrás. 

E o que provocou a morte dele? Uma pancada recebida, que lhe causou fissuras em mais de um órgão. E quem desferiu a tal pancada? Não sabemos. Todas as explicações são nebulosas, porque nós também não nos esforçamos para esclarecer a coisa. Chegamos à conclusão de que nos doeria ainda mais, ficar cutucando essa ferida. De minha parte, eu vivo sob a convicção de que tudo o que fazemos volta para nós. Multiplicado. Se ele foi realmente maltratado por uma pessoa inconsciente ou cruel, essa pessoa haverá de receber a punição no tempo devido. Para ser sincera, já agora, se dependesse de mim, eu teria suspendido qualquer punição para o agressor, acho que no mundo já há sofrimento demais. Mas eu sei que esta é a Lei Espiritual, ora em vigor.
Hoje de manhã eu ainda estava sentindo o coração oprimido e angustiado. Fui conversar com o meu marido e, ao fim da conversa, eu já havia decidido que ainda hoje viraria essa página. E é isso que estou fazendo agora. Trago comigo o consolo de saber que o Moby foi um gato excepcionalmente feliz. 


16 comentários:

Juliana Torres disse...

Aí guria eu sinto muito, pelo mascote, saiba que eu nunca fui chegada a gatos, mas também nunca maltratado, mesmo que alguns insistia em cair no meu pátio e minha duas cadelinha(agora só uma) corria atrás dele, meu Deus era um deus nos aguda poi era eu segurando as cadelas e meu marido mostrando a rua para o gato kkkk mas sempre respeitamos e um ser, e também acredito que tudo que você faz volta. Bj ótima semana

Anônimo disse...

Fiquei muito triste com a morte repentina do Moby.
Meus sentimentos.

Lucinha disse...

Marly,

Imagino o tamanho da sua dor, mas fico feliz com a sua forma de pensar à respeito de quem tenha feito tal covardia.
Sinto muito mesmo, mas é momento de virar a página.
Abraços

anne a. disse...

sinto demais pelo seu gatinho.

Pedrita disse...

muito triste, sinto muito. pode ter sido um atropelamento tb. uma pancada de uma porta fechando. há muita gente má no mundo, mas tb há acidentes. uma queda de algo muito alto e bateu fortemente em algo. enfim. muitas possibilidades. conforte sua família.

Luciana F. Damiano disse...

Muito triste pelo seu gatinho...sinto muito.
Mantenha a fé em Deus e não deseje o mal a ninguém.
Abraços

Patricia Merella disse...

Oh Ma,que triste!
Como pode alguem querer
mal a outro ser?
Fica bem querida, sinto muit,
beijinhos

livroslt@hotmail.com.br disse...

Oi Marly,que pena pelo Moby! :( Ele era lindo! Muito triste quando perdemos um bichinho que amamos,mas acontece e temos que superar. Bjss.

Prata da casa disse...

Querida amiga: sei que o lindíssimo Moby foi muito amado e isto serve, em parte, de algum consolo. Claro que a sua ausência vai ser muito notada. Falo pela minha Valentina que já partiu há um ano e que ainda hoje recordo com saudade. Eles vivem para sempre nos nossos corações, não é? Mas que custa muito perdê-los, disso não há dúvida.
Bjs
Márcia

Unknown disse...

Triste, isso é muito triste.
Sei que doí muito perder um animal(amigo) querido.
Agradecemos por o Moby ser um gato privilegiado de ter tido uma família que o amou tanto que hoje sente sua falta.

beijos
Thaís Xavier

Liliane de Paula disse...

Diferente de vc, não desculpo nada, nem ninguém.
A palavra "desculpa" banalizou-se ou já nasceu banalizada.
Então, raríssimas vezes, acho que o pedido de desculpa é verdadeiro.

Mas, Moby, certamente, foi muito feliz.
E se vc tinha a mania, de conversar com ele, como a gente conversa com as daqui, então, está selado, Moby foi feliz.
Eu penso que minhas gatas e nossa poodle, sejam felizes com o amor, atenção e carinho que damos a elas.
Mas a dor é imensa, eu sei.

Yolanda disse...

Marly, que pena, quanto ao seu amado gatinho Moby, infelizmente dessa forma triste.
Ele parece com a minha gata Anita, que amo muito, tanto quanto vc amou seu Moby.
Certamente quem fez isso já deve ser profundamente infeliz.
Fique com Deus, bjs.

tatiane disse...

Marly, muito triste. Esses bichinhos entram em nossas vidas e se tornam parte da família porque recebem e dão amor, e tenho certeza que o Moby foi muito amado, sua preocupação e da sua família atestam isso. E se ele foi maltratado por outro "cerumano" acredito que ser essa pessoa já é castigo suficiente.
Fique bem, beijos!

Marly disse...

Obrigada, pela presença, apoio e comentários gentis, meninas! Um abraço para cada uma!

Ilaine disse...

Marly, querida!

Perdoe a demora!

É muito triste o que aconteceu com o Moby.
E eu concordo com você: é melhor nem saber certas coisas. E você tem razão, o que fizemos aos outros, de uma ou de outra maneira voltará para nós.

Fique bem, amiga, apesar de tudo!

Beijo no coração

MilaResendes disse...

Que coisa Marly,
a minha Menina está conosco a 2 anos e meio, é castrada mas sempre foi muito passeadeira... agora em junho ela teve uma fissura na bacia.. voltou para casa se arrastando, fizemos todo o tratamento na veterinária e desde então, todos os dias, no fim do nosso expediente na loja, colocamos ela numa gaiola de urso [ desculpa, mas é que o meu marido comprou uma gaiola que caberia um urso adulto, pra uma gatinha! ] e lá ela fica até a manhã seguinte quando a soltamos...
No início eu me sentia triste por aprisioná-la, mas agora sei que é pro bem dela...
Meus sentimentos pelo Moby e tenho certeza de que ele foi muito feliz com vocês...
Bjkas
Mila

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