sábado, 8 de fevereiro de 2020

Chutney de cebolas roxas caramelizadas e o livro: Um, nenhum e Cem mil






Olá, meu povo!


Este chutney de cebolas roxas apareceu por aqui entre os pratos que preparei ultimamente. Ele tem agradado bastante e houve quem achasse que a semente de mostarda é o ingrediente que dá o toque extra de sabor a esta iguaria. Eu acho que é a combinação de tudo, que resulta nessa mistura deliciosa. 
O curioso é que aqui no blog eu já publiquei outro chutney de cebola roxa, que foi chamado de 'Geléia de cebola roxa'. Ele também é bom, mas este tem um sabor mais sofisticado.  

Chutney de cebolas roxas caramelizadas
(receita daqui)

Ingredientes

8 cebolas roxas médias
1 pimenta malagueta seca  (não tirei as sementes)/quase não se nota a picância, se desejar mais picante, use duas pimentas
2 folhas de louro
25 ml de azeite de oliva (usei extra virgem)
200 gramas de açúcar mascavo
2 colheres de chá de sementes de mostarda
150 ml de vinagre balsâmico, de Modena
150 ml de vinagre de vinho tinto

   Preparo

         Corte as cebolas e a pimenta em fatias finas, depois corte as fatias de cebola ao meio novamente (recomendo que pique bem as cebolas, coisa que não fiz, por seguir a receita à risca) e coloque-as em uma panela com as folhas de louro, a pimenta e o azeite. Cozinhe a mistura, delicadamente, em fogo baixo, por cerca de 20 minutos.
·        Quando as cebolas estiverem escuras e grudentas, adicione o açúcar, os vinagres e as sementes de mostarda, cozinhe por cerca de 30 minutos, até que o chutney fique espesso e escuro. (Mexendo a intervalos para que não grude na panela).
·        Despeje o chutney em um pote de vidro quente e esterilizado (o meu pote, juntamente com a tampa, foi fervido por 20 minutos, depois de bem lavado) e deixe-o esfriar.
·        Pode-se comer o chutney imediatamente, mas o ideal é deixar que os sabores se misturem e amadureçam por um mês ou até mais. 

 

Livro:

Um, nenhum e cem mil,

de Luigi Pirandello



Foi através de um dos livros da Elena Ferrante – autora italiana – que tomei conhecimento deste Um, nenhum e cem mil, do Luigi Pirandello.

Dando uma pesquisada sobre o tema do livro, a crise de identidade de um homem que descobre, repentinamente, que não se conhece, fiquei ansiosa para lê-lo.

E isso porque eu sempre soube que nós, seres humanos, nos conhecemos – a nós próprios – muito pouco!

Acho que lá pela adolescência formamos uma imagem própria, que resulta da combinação de um conhecimento muito superficial de nós mesmos, com a impressão que temos sobre a opinião que os outros têm de nós. 
E vamos em frente... sem nos determos na questão do auto-conhecimento.

Deve ser este o motivo da frase do Sócrates:

“Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses”.

Uma vez eu li a introdução de um livro em que o personagem principal dizia:

"Vivi – todos esses anos – a vida desse estranho, que sou eu mesmo"
(bom, este , pelo menos, já havia se dado conta de que não se conhecia, muitos não chegam nem a isso).

Na estória contada no Um, nenhum e cem mil, o personagem narrador, ao descobrir que não conhecia nem mesmo detalhes do próprio rosto, meio que provoca um ‘tsunami’, na própria vida, ao decidir mostrar ao mundo uma imagem diferente daquela que o mundo tinha dele.

Então, este livro - para quem curte o assunto - é muito instigante e eu o recomendo fortemente!



13 comentários:

Pedrita disse...

eu ando querendo aprender a fazer cebola caramelizada, acho uma delícia. eu li um unico livro da elena ferrante e não gostei. gosto muito do pirandello, mas esse não li. bejios, pedrita

Dalva Rodrigues disse...

Oi Marly! Parece delicioso, se tiver oportunidade de ter os ingredientes ao mesmo tempo, certamente farei, amo cebola, só aprendi a comer na segunda metade da vida :D, agora quero recuperar o "tempo" perdido.

Amei as frases citadas por aqui, o livro deve ser muito interessante.
Abração, bom domingo!

Tays Rocha disse...

Essas receitas me lembram minhas férias na casa da minha avó em Resende, em Penedo que fica ao lado, tem muitas lojas e empórios que vendem chutneys de todos os sabores. Lembro que desde criança eu ficava encantada de ver tanta diversidade e os vidros lindos enfeitados com a tampa de tecido. Sempre que íamos trazíamos de lá, agora já faz muitos anos que não como. Salvei a receita e quero testar, provei vários de frutas, mas o de cebola roxa ainda não. Dica do livro anotada! Obrigada e bom domingo! ♥

Patricia Merella disse...

Querida Marly,tu és mesmo chic. Nunca tinha ouvido falar nesta iguaria. Tenho lido em francês agora estou a ler:le vol des Libellules. (Leila Meacham). Bom Domingo minha amiga e uma feliz semana! Beijinhos

A Paixão da Isa disse...

eu como mt nas festas de natal pois aqui fazemos mt eu tb tenho um receita para fazer mas ainda nao fiz mas agora penso que vai ser desta vez nos aqui comemos com o peito de pato o que chamam foie gras e com pao de figos é tao bom adorei o teu bjs

Ilaine disse...

Quanto tempo, Marly! Hum... esta cebola parece divina!!!
Que bom vir aqui em seu blog e ver tantas delícias, além das resenhas de suas leituras.
É uma combinação perfeita.

Amiga, desejo uma semana cheinha de boas ideias e muitas alegrias.

Beijo grande!

Prata da casa disse...

Olá Marly: adorei este chutney que deve ser delicioso. Já salvei a receita.
O livro parece ser bem interessante, embora não conheça o autor ( já Elena Ferrante conheço bem, kkk).
Bjn
Márcia

Heloísa Sérvulo da Cunha disse...

Marly,
Seu chutney ficou lindo. Pena que não sou muito amiga de cebolas aos pedaços, só quando disfarçadas como tempero.

Quanto ao auto-conhecimento e suas falhas, confesso que nunca pensei nisso. Acho que cada um conhece a si mesmo, o que acontece é que, provavelmente, as pessoas são mais benevolentes consigo. Não enxergam defeitos, ou sempre encontram justificativas, comportamento esse que não se repete nas avaliações dos outros.
Na verdade, o auto-conhecimento usa lentes mais coloridas.
Beijos.

Adelaide Araçai disse...

Adorei a receita....andei fazendo umas recentemente com cebola roxa que comprei em uma promoção, semana passada elas voltaram a custar mais que ouro, vou esperar a proxima promoção para me esbaldar...rsrs
Sobre a ideia da história do livro, me fez lembrar de uma prima, mais velha que eu que certa feita comentou num post do meu face de forma indelicada e uma amiga me perguntou se eu queria ajuda, respondi - Não, é da familia! Menina a pessoa me mandou mensagem no privado falando horrores que ela sabia "bem quem eu era" que ela não aceitava ironia e grosseria vindas de mim.... Resumo da obra, respondi a ela que se ela não me considerava da familia eu não tinha culpa, eu respondi a verdade sem ironia, pois não faço uso disso sem colocar um alerta ao lado para evitar atritos desnecessarios e que a pessoa que ela conheceu a 20 anos atras evoluiu e muito.E como faz anos que não nos vemos talvez fosse bom sermos apresentadas.
Esse epsódio me fez pensar muito no quanto as pessoas não se conhecem e acham que conhecem os outros. Eu vivo me descobrindo, reaprendendo e me reconstruindo, nunca tenho tempo de ME conhecer.
Vou buscar esse livro pois me parece ser bem interessante.
Muita Luz e Paz
Abraços

As Mulheres 4estacoes disse...

Olá, Marly!
O único chutney que já experimentei é de manga, uma delícia. Uma amiga que faz e me presenteou com um vidro.
Achei essa receita fácil de executar.

O livro parece interessante. Sempre é bom ler o que nos leva a refletir sobre quem somos de fato.

Um abraço
Sônia

Chris Ferreira disse...

OI Marly, já quero fazer esse chutney hoje mesmo" Me deu água na boca ler a receita e ver os ingredientes.
Mais uma vez, gostei da dica de leitura.
beijos
Chris


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O meu pensamento viaja disse...

Querida Marli, adoro chutes e vou experimentar a sua receita. Quanto ao livro , fiquei curiosa. Vou procurar na Fnac. Obrigada pela sugestão. Beijinhos

O meu pensamento viaja disse...

Desculpe o palerma do corretor automático 😀 queria dizer chutney, naturalmente. Beijinhos

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