sábado, 28 de julho de 2018

Mousse enformada de manjericão e o filme: As confissões de Schmidt


Olá, meu povo, eis-me de volta ao blog, para a minha alegria (e espero que também para a alegria de vocês, rsrs)!
E venho trazendo esta mousse (ou patê, como queiram) de manjericão! Esta receita é pequena e boa para quem esteja à procura de receitas de patê para servir com belisquetes e/ou com outros patês. Mas ela pode ser aumentada - duplicada, triplicada, etc. sem perda do sabor ou outras complicações, o que é ótimo, pois ela também faz um linda figura em qualquer mesa, especialmente nas de festas!

Mousse de manjericão Enformada

Ingredientes

1 e 1/2 xícaras de chá de folhas de manjericão frescas e higienizadas
1/2 xícara de chá de queijo parmigiano ralado
1 caixinha (200 gramas) de creme de leite (use o fresco, se preferir)
1/2 xícara de chá de ricota picada
1/2 xícara de chá de maionese
1 colher de chá de gelatina em pó sem cor e sem sabor (hidratada e dissolvida, veja como fazer isso no modo de preparo)
Sal e pimenta do reino moída na hora a gosto
óleo de cozinha para untar a forma

Modo de Preparo


Antes de tudo, ponha a gelatina numa tigelinha que possa ir ao microondas e despeje sobre ela água suficiente para cobri-la (umas duas ou três colheres de sopa). Misture tudo para que a gelatina fique hidratada. Leve a tigelinha ao microondas, na potência 3 ou 4, até que a gelatina dissolva e a mistura fique líquida. Não dissolva a gelatina em temperatura muito alta, para que ela não perca o efeito (se preferir, faça isso em banho-maria) ). Enquanto isso, unte a forma a ser usada com o óleo. Ponha os ingredientes da mousse no copo do liquidificador e bata até que tudo fique liso e homogêneo. Despeje a mistura na forma preparada e leve a forma à geladeira por umas 3 horas (pelo menos). Desenforme a mousse afastando-a um pouco das paredes da forma (use os dedos para fazer isso), pois a entrada de ar, nas laterais da forma, facilita o desenforme. Sirva-a com torradas, pães ou o que achar melhor. 

nota: use mais gelatina, se quiser que a mousse fique mais firme; e prove um pouco da mistura, ainda no liquidificador, para ajustar os temperos ao seu gosto.

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Filme: As confissões de Schmidt

(About Schmidt - 2002 - co-escrito e dirigido por Alexander Payne. Com Jack Nicholson, Kathy Bates, Dermot Mulroney e Hope Davis)

(Atenção, 'Spoiler', texto com revelações sobre o enredo desta obra!)



Vi este filme na época do lançamento e lembro-me de o ter apreciado muito, de modo que nem sei porque ainda não o havia mencionado aqui no blog. No entanto, nos últimos dias ele vem sendo reprisado nos canais pagos, o que me levou a decidir que faria isso agora.
Eu sempre gostei das obras que abordam as imperfeições humanas e o caminho que trilhamos até chegar ao conhecimento do que é verdadeiramente importante na vida. E Warren Schmidt, o protagonista deste filme, é um exemplar desse ser humano imperfeito e em transformação, que representa – sem sombra de dúvida – a maioria de nós.

A estória de Schmidt começa a ser narrada no último dia de trabalho dele, por estar aposentando-se. Ele foi, por muitos anos, funcionário numa companhia de seguros. Sem o emprego, ele logo começa a sentir-se inútil e deslocado e, assistindo à TV,  vê um anúncio que pede amparo financeiro para crianças pobres da África. Pelo programa do anúncio, as pessoas que aceitassem patrocinar uma criança, deveriam enviar à instituição que a assiste, uma quantia em dinheiro, mensalmente, para ajudar na subsistência dela. Schmidt decide patrocinar um menino, cujo nome, ele fica sabendo depois, é Ndugu. Schmidt começa a escrever cartas ao menino, falando de si e dos acontecimentos de sua vida. E as cartas são bastantes confessionais e sinceras.
Entrementes, Schmidt revela espanto e descontentamento, com relação à esposa, Helen, com quem ele está casado há 42 anos (ela havia envelhecido, e só então ele parece dar-se conta do fato). Porém, ele é muito consciente de que quase tudo que ela faz o irrita (sem motivo específico, que fique claro). 
De repente,  Helen cai morta, vítima de um AVC. E a filha do casal – juntamente com o noivo dela – vêm, de outro estado, apoiar o pai e futuro sogro; e o ajudar nos procedimentos para o funeral. 
Schmidt não gosta do noivo da filha, que é vendedor de colchões de água e agente de um daqueles fraudulentos esquemas financeiros que ficaram conhecidos por “Pirâmide”.  Contudo, quando Schmidt tenta advertir a filha sobre o erro dela, na escolha do noivo, a moça o repreende, por ele ter escolhido o caixão mais barato que havia na funerária, para a mãe dela: “Ela fazia tudo por você, custava ter gastado um pouco mais com ela, uma única e última vez?”, pergunta a filha.
Desse modo ficamos sabendo que Schmidt também era mesquinho com a esposa, no que concerne ao dinheiro.  Ele nega isso e responde à filha que despendera uma boa quantia na compra de um motorhome (um daqueles veículos grandes, como um ônibus, equipados com as comodidades de uma casa: cozinha, sala, banheiro, etc.), apenas porque a esposa desejara que comprassem um. Mas a filha argumenta que a mãe lhe contara que tivera de vender umas ações, para pagar parte do veículo.
Após o funeral e a partida da filha, depois que ‘a ficha caiu’ com relação à perda da esposa, porque, com o correr dos dias, Schmidt não pôde deixar de reparar que a casa se tornara suja e desordenada, por já não ter mais quem a limpasse e dirigisse, ele, finalmente, dá-se conta do quanto a esposa esforçava-se para manter tudo bonito e organizado. E ele sente-se sinceramente desolado. Nesse ponto eu não pude deixar de pensar nas milhões de esposas do mundo (e também nos muitos empregados domésticos) que jamais tiveram reconhecido o esforço despendido no trabalho que faziam.
E Schmidt também apercebe-se de que tivera muita sorte, em poder contar – por tantos anos -  com uma esposa diligente e abnegada.  E lamentando não ter reconhecido o bem que tivera a tempo, ele vai buscar um pouco de Helen, nos objetos dela. 
E assim ele descobre que a esposa tivera um caso, com um amigo dele. E isso o enfurece. Mas não demora muito para que ele também se aperceba de que provavelmente fora o comportamento dele, que “empurrara” a esposa para o adultério. E ele, paradoxalmente, acaba pedindo perdão a ela.
Scmidt também passa por entreveros e mal-entendidos, na viagem que empreende, até chegar à casa da futura sogra da filha (para onde se deslocara para o casamento desta). E passa por mal-entendidos e constrangimentos ainda maiores, na casa da tal senhora.
Mas a essência do filme gira em torno da pergunta: “Que diferença eu fiz no mundo?”.  A vida inteira Schmidt calculara a estimativa de tempo de vida das pessoas e ele sabia que ele próprio já não teria muito tempo, sendo então esta uma pergunta crucial, para ele. 
Schmidt acaba por concluir que um dos atos dele, de maior significado, pelo altruísmo envolvido (que na realidade havia sido pouco) fora justamente o de ajudar – minimamente -  um menininho desconhecido, que morava na África. 



15 comentários:

chica disse...

Tambem estou voltando agora das férias...
Essa receita agrada muito e nao a imaginava tao simples! Gostri do filme também! Bj,chica

Heloísa Sérvulo da Cunha disse...

Marly, gostei muito da receita e do capricho.
Vou guardar para uma primeira ocasião. Bj.

Pedrita disse...

nossa, que foto linda. eu sou fã desse estilo de mousse. esteve na moda há uns anos e desapareceu depois para a minha frustração. amo manjericão. comprei na feira as folhinhas frescas, estão na geladeira. eu gostei bastante desse filme. vi faz tempo tb. beijos, pedrita

Prata da casa disse...

Olá Marly: já sentia falta das tuas delícias e sugestões. Este patê já vai ser guardado, pois além de lindo deve ser delicioso e diferente. O filme, já ouvi falar dele, mas penso que ainda não o vi. Gosto muito do ator ( Jack Nicholson) e dos filmes em que ele entra.
Bjn
Márcia

Patricia Merella disse...

Olá amiga Marly! Feliz que esteja de volta. Que lindo este mousse. O filme é do estilo que gosto! Grata por partilhares! Beijinhos

Receitas e Truques da Clarinha disse...

Que bela receita.
Não me lembro se já conhecia ou não o teu cantinho mas agora já não volto a desencontrar...
Ainda me falta 15 dias para ir de férias e estou ansiosa, em contagem de crescente e a precisar do merecido descanso.

Beijinhos,
Clarinha
https://receitasetruquesdaclarinha.blogspot.com/

Luciana F. Damiano disse...

Parece uma delícia essa mousse!!!
Sempre linda a decoração...
Boa semana!

Dalva Rodrigues disse...

Oi Marly! Gostei dessa base do patê, deve dar para fazer muitos sabores, obrigada por compartilhar.E ficou linda sua apresentação!
Amei a dica do filme, sou apaixonada pelo Jack N!
Abração!

A Paixão da Isa disse...

Waounh deve ser super bom gostei mt da sugestao bjs

CRIKA disse...

Adorei esse mousse patê porque amo manjericão!!!! Sua receita está apetitosa!!! Não conheço esse filme, mas me interessei muito pela história!!! Beijos!!!

Yolanda disse...

Olá amiga, gosto desse tipo de filme, vou ver se tem no Netflix, sempre precisamos fazer a cada dia uma reflexão dos nossos atos, importante melhorar sempre, bjs e Felicidades!

ANA LÚCIA disse...

Que mousse pra lá de bonita e parece uma delícia!!!
Filmes quase não vejo, mas li o spoiler...
Bj,
Ana

Marina Barcelos disse...

Marly querida, como está?
Fiquei super curiosa para provar esse patê/mousse de manjericão, já quero fazer aqui em casa ♥ Obrigada pela receitinha! Sobre o filme, eu ainda não assisti, vou procurar por aqui =)

Beijos de Luz,
Marina | www.meudoceapartamento.com ♥

Sandra disse...

A mousse tem muito bom aspecto e parece ser deliciosa. Beijinho e feliz semana.

Júlia Evelyn disse...

/muito legal falar de dois assuntos numa postagem. Os dois eu amo.

Prazer imenso conhecer seu blog. Ja estou seguindo.

http://juliamodelodemodelo.blogspot.com

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