terça-feira, 16 de julho de 2024

Amendoim Praliné, o que rolou em julho, até aqui, e o livro Kindred laços de sangue

                      


Olá, para todos!

Assim que soube que faríamos uma festa 'julina' aqui em casa, me coloquei "a postos", a fim de fazer um post completo sobre comidas de festa juninas (seria, provavelmente, o terceiro, publicado aqui no blog). Mas a festa foi adiada, para agosto, quase que em cima da hora, de modo que resolvi atualizar hoje as postagens do blog, ou ficaria mais dias sem postar, rsrs. 
O fato é que, com festa ou sem festa, estamos a comer as iguarias juninas desde junho. E entre as receitas preparadas esteve este amendoim praliné, que também é chamado de 'amendoim doce', ou 'caramelizado' ou ainda, 'açucarado'. 

Amendoim Praliné

Ingredientes

2 xícaras de chá de amendoim torrado

1 xícara de chá de açúcar

½ xícara de chá de água

2 colheres de sopa de chocolate em pó

½ colher de chá de fermento em pó, para bolo

 Preparo

Se o amendoim não estiver torrado, torre-o numa frigideira grande ou na fritadeira. Na frigideira, mexa o amendoim até que fique torrado (cuidado para que não queime). Na fritadeira, preaquecida a 170ºC, e por cerca de 10 minutos, sacuda a cesta de vez em quando. Depois de torrado, ponha o amendoim, a água, o açúcar, o chocolate em pó e o fermento numa panela grande. Leve a panela ao fogo mexendo até que ferva. Assim que ferver passe a mexer com cuidado, para que os grãos não grudem e o açúcar se fixe neles. Quando não houver mais líquido, passe o amendoim para uma assadeira e deixe que esfrie. 

Fiz também o delicioso bolo apamonhado, cuja receita publiquei aqui, em 2011. Este foi assado na fritadeira (air fryer). 


 
E fiz a 'canjica moreninha', cuja diferença para a receita postada aqui, é a caramelização de 1/3 (ou mais) da medida de açúcar (o caramelo é feito do mesmo modo do que se faz para o pudim de leite) e  é acrescentado à receita juntamente com o leite. Pode-se também juntar paçoquinhas, batidas no liquidificador, com parte do leite, à canjica já cozida. Coloquei 6 paçoquinhas, mas isso depende do gosto de cada um. 
                                                    
🌷🌷🌷🌷
                                                               
                                                         E ...

                  Os ipês roxos da cidade já estão florindo há três semanas



             🌷🌷🌷🌷

Montei uma mesa em verde, porque é preciso ter esperanças sempre, especialmente em tempos complicados, como os atuais. 


   🌷🌷🌷🌷

E, como mencionei na publicação anterior, li o livro abaixo, da mesma autora do que foi resenhado naquele post.

Atenção, o texto abaixo contém revelações sobre o enredo do livro 
          Kindred laços de sangue, de Octavia E. butler

A história começa com a protagonista, Danna, abrindo caixas de livros, juntamente com o marido, em 1976, a fim de os colocar na estante da nova casa, pois o casal havia acabado de se mudar.  

De repente, ela se sente enjoada, entontecida, caindo de joelhos e prestes  a perder a consciência. Mas logo ela se vê entre uma floresta e um rio, onde um garotinho ruivo está se afogando. Ela não pensa duas vezes, e corre para salvar o menino. Assim que o salva, aparece o pai da criança, apontando uma espingarda para ela, que só não é atingida por um tiro, porque volta à sala de onde saíra. Ela mesma não compreende o que havia acontecido, mas a experiência de ir ao encontro do menino/jovem e adulto, que muitas vezes se coloca em risco de morte, se repete, na vida da mulher.

A gente logo percebe que o menino, que se chama Rufus, e a família dele, estão a viver no século XIX, num mundo mergulhado no sistema escravista, onde as pessoas negras são submetidas a muita exploração e muito sofrimento. Danna é negra e casada com um homem branco, vive em Los Angeles, no século XX e goza de direitos e liberdades completamente proibidos às pessoas de cor, no século XIX.

O marido dela a acompanha, em uma das viagens, e os dois têm que agir com muita cautela e sabedoria, para sobreviver naquele mundo perigoso, especialmente para a mulher.

O tempo corre em escalas diferentes, nas duas situações. Vivências e acontecimentos que duram meses, no século XIX, equivalem a poucos minutos ou horas, no tempo presente de Danna, fato que ela constata, ao retornar das viagens.  

Quando Danna se encontra em Maryland, no século XIX, junto aos  Weylin, a família de Rufus, ela testemunha muita brutalidade e muita violência, contra os negros escravizados. Ela mesma, a certa altura, é severamente chicoteada, por ter sido flagrada a ensinar uma criança escravizada a ler.  

A família Weylin, aliás, chega a ser sádica, com os escravos, e mesmo Rufus, que cria uma conexão com Danna, por ter sido salvo da morte por ela, várias vezes, não hesita em castigar brutalmente os escravos, porque então, era esse o costume, e a lei. Ele não poupa sequer uma jovem escrava negra, por quem se apaixona e com quem vem a ter filhos. A mulher em questão jamais corresponde ao amor de Rufus, sendo os filhos dela com ele resultantes de estupros (o que não a impede de amar as crianças).  

Aí está o motivo que leva Danna a viajar no tempo, a fim de impedir que Rufus morra: ele é um antepassado dela, cuja vida precisa ser garantida,  para que a futura existência dela seja assegurada.

 O livro é bom e me fez sentir vontade de ler toda a obra da autora.

E é só para o momento, até breve!  


quarta-feira, 12 de junho de 2024

Dia dos namorados de 2024 e o livro A Parábola do Semeador

 

Olá, 

já tendo postado várias sugestões de comidas e receitas para o dia dos namorados, ao longo dos anos, hoje me permiti publicar apenas estes bombons que ganhei, para que a data não passasse em branco. 



Porém, quem tivesse desejado fazer uns bombons caseiros, mais bonitos que os da foto acima e até talvez mais saborosos, podia ter feito os da foto abaixo, cuja receita publiquei aqui.


Claro que num dia como hoje a gente escolhe objetos decorativos que tenham relação com a data.



                                        〰 〰 〰

A Parábola do semeador (The Parable of de sower), de Octavia E. Butler

    Atenção o texto abaixo contém revelações sobre o enredo do livro da foto!

 Cheguei a este livro apenas porque li uma citação da autora. A citação dizia: 

"Tudo que você toca, você muda,

Tudo que você muda, muda você.

A única verdade perene é a mudança"


 Gostei da citação e tinha acabado de descobrir que a autora era escritora, quando minha filha Lili, me perguntou o que eu gostaria de ganhar no dia das mães. Eu respondi que estava curiosa sobre uma autora estadunidense. Lili anotou o nome da mulher e assim ganhei dois livros dela: A Parábola do semeador e Kindred, que eu ainda não abri, mas quero ler em breve.

A Parábola do semeador, que "começou" a ser escrito em 2024, em forma de diário, por uma menina negra, narra os acontecimentos vividos por essa menina, a família dela e outras pessoas que se juntam a ela, nos anos seguintes (até 2027).

 Não muito depois do início, quando a menina ainda vivia com o pai – um tipo de sacerdote - a madrasta e os irmãos, ela perde todos os parentes. E os perde porque a vida na Terra havia se tornado infernal, após uma grave crise climática e econômica. 

No início da estória a menina está vivendo num condomínio murado (de gente pobre, mas com o “privilégio”, de possuir uma casa). Fora do condomínio fervilha de gente sem teto, desempregada, faminta, sedenta (a água havia se tornado um bem caríssimo) e pronta para matar ou morrer por tudo que necessitava para sobreviver. O condomínio todo dia era atacado por ladrões ou alvejado por tiros, que sempre matava alguém. No meio dessa gente havia também viciados e alguns desses eram dependentes de uma droga nova, chamada Piro, que fazia com que a pessoa ansiasse por um incêndio, o que a levava a botar fogo no que estivesse em volta.  

Nesse cenário apocalíptico, milhões de pessoas se põem a andar, em busca de abrigo em outras cidades. É um esforço vão porque todas as cidades se encontram mais ou menos no mesmo estado. E a “viagem” desses andarilhos é cheia de perigos, sendo que muitos deles perdem a vida durante a travessia. Mas o mesmo acontece aos que não pensam em se deslocar. A polícia virou uma milícia, que mais atrapalha do que ajuda. O povo teme a polícia do mesmo modo que teme os bandidos, ou os enlouquecidos por necessidades ou drogas.   Empregos inexistem, embora algumas pessoas possam – com "sorte" – obter trabalho em troca de comida. O regime desse tipo de trabalho é o mesmo que vigorava durante os séculos de escravidão do povo negro (mas agora todas as raças estão sujeitas às mesmas normas). O que antes era a classe média tornou-se uma horda de miseráveis, após perderem os bens, os parentes e todas as possibilidades da vida normal. Então, a perspectiva para todos (que não são ricos) é tornarem-se escravos.  

No meio disso tudo a menina – madura para idade – precoce e com um dom para a liderança, vai intuindo uma nova religião e pensa em arregimentar as pessoas que vão se juntando a ela, para que criem uma nova igreja.

                                  〰 〰 〰

O detalhe interessante desse livro é que ele foi lançado em 1993. A estória se passa, portanto, no futuro. Mas eu achei a situação descrita um pouco parecida com a que estamos vivendo. Pelo menos no que diz respeito ao início de tudo.  

  〰 〰 〰
E é só para o momento, até já! 


quarta-feira, 29 de maio de 2024

Bolo de chocolate e cerveja (tipo stout), dia das mães de 2024 e a peça musical 'Hair'.

o bolinho esteve na geladeira, por isso está um pouco suado

Olá, bom dia para todos e bom feriado amanhã!

A receita desse bolo é outra das que faço há anos, mas ainda não havia publicado. Ela também passou pela fase da viralização na web (anos atrás), pois muitos adoraram o sabor residual da cerveja na massa. O fato é que o bolo resulta escuro, úmido, com um 'travinho' amargo, que de algum modo intensifica o sabor de chocolate, que é muito apreciado por multidões.

Dessa vez eu fiz (uma parte dele) em forma de 'bolo bombom', o que me faz lembrar - outra vez -  que a ideia do bolo bombom, hoje apropriada pela Internet, nasceu na web no dia em que publiquei a primeira receita dele aqui no blog, em março de 2010 (há 14 anos).
Eu disse que fiz uma parte da massa em forma de bolo bombom porque a massa  rende bem e faz um bolo de festa completo, já que leva 4 xícaras de farinha (bolo médio, para umas 20 pessoas). Com esta massa eu fiz 3 bolos: um retangular pequeno (forminha de pão de 22cmX10cmX6cm), o bolinho das fotos acima; outro, que foi assado em 3 forminhas redondas de 15 centímetros de diâmetro e um terceiro que fiz em forma de pudim de 20 centímetros de diâmetro, que congelei para aproveitar no futuro). Esta massa pode ser dividida ao meio, resultando igualmente bem. Ela também não precisa de uma batedeira, apesar de ter sido usada uma batedeira na origem da receita.

Recheei o meu bolo com um chantilly de brigadeiro (é só juntar uma xícara de chantilly com leite condensado a uma xícara de massa de brigadeiro já fria, batendo tudo na batedeira; é bom juntar um pouquinho de leite condensado ao chantilly porque a massa não é muito doce). 
Decorei as laterais do meu bolo com pedaços de bombons, que tirei da caixa abaixo (apenas porque tinha esta caixa, rsrs).
Como viram, não fiz a cobertura e recheio da receita original, mas você pode fazer, se desejar. 


Bolo de chocolate e cerveja tipo stout
(receita daqui daqui)

xícara = 240ml

Ingredientes

2 xícaras (454g) de cerveja stout ou escura, como Guinness (usei Caracu; tem que comprar 2 latinhas porque uma só não rende 2 xícaras, fica faltando um pouquinho)

32 colheres de sopa (454g) de manteiga sem sal, fria (isso mesmo, leva muita manteiga)

1 1/2 xícara (128g) de cacau em pó

4 xícaras (480g) de farinha de trigo

4 xícaras (794g) de açúcar granulado

1 colher de sopa de fermento em pó

1 1/2 colheres de chá de sal (se você usar manteiga com sal, reduza o sal para 1 colher de chá).

4 ovos grandes, em temperatura ambiente

3/4 xícara (170g) de creme de leite, em temperatura ambiente

Preparo

Pré-aqueça o forno a 180º C. Unte e enfarinhe três formas de bolo de 20 cm ou duas de 23 cm e forre-as com círculos de papel manteiga ou papel pergaminho.

Coloque a cerveja preta e a manteiga em uma panela média e pesada e aqueça até a manteiga derreter. Retire a panela do fogo e acrescente o cacau em pó. Bata – com um fouet ou uma espátula - até obter uma mistura homogênea. Deixe esfriar até chegar à temperatura ambiente. 
Misture a farinha, o açúcar, o fermento e o sal em uma tigela grande e ponha os de lado. Em outra tigela bata os ovos e o creme de leite. Adicione-os à mistura de cacau e manteiga e misture bem. Adicione a mistura de farinha e misture tudo delicadamente, mas muito bem. Distribua a massa igualmente entre as formas preparadas.

Asse os bolos por 40 a 45 minutos ou até que um palito, inserido no centro do bolo, saia limpo. Retire os bolos do forno e deixe esfriar sobre uma gradinha por 10 minutos antes de desenformar os bolos e voltar à gradinha para terminar de esfriar completamente.

                                                                                                                    
                                
      Dia das mães de 2024 

Comprei o bolinho abaixo para aminha mãe, no dia das mães. Fiz isso porque novamente fui 'atropelada' pelos acontecimentos e tive que 'apelar' no último instante. O outro motivo foi que a minha mãe - já idosa - tem preferido bolos mais leves, de digestão mais fácil.



E é claro que no dia das mães passei uns bons momentos na loja de flores comprando algumas


                      


Hair, a peça musical dos anos 60, e os acontecimentos da atualidade

(imagem da Internet)

Li, não faz muito tempo, um pequeno post sobre a peça Hair. Ele foi escrito por uma amiga que mora na Europa. Ela havia se encantado com a peça, vista num teatro, na véspera.

Naqueles dias, eu fiquei pensando na peça, como já havia feito outras vezes, e no significado dela na época de sua estreia, e hoje.

Hair foi desses trabalhos culturais radicais. O texto meio que pregava a ruptura social.  A visão do mundo mostrada era a visão de jovens hippies, ou seja, defendia-se a liberdade irrestrita, a revolução sexual, a insubordinação, a resistência quanto às imposições conservadoras etc.

Penso que a guerra do Vietnam foi uma das questões importantes, para a produção da peça. Aquela guerra vinha se arrastando há anos, levando em seu bojo as vidas de muitos jovens. Isso inspirou várias canções, uma das mais conhecidas (aqui no Brasil, pelo menos), dizia:

 “Era um garoto, que como eu, amava os Beatles e os Rolling Stones...”.

Voltando à produção da peça, acho que na raiz de tudo havia certo cansaço quanto ao modelo social vigente. Muitas pessoas achavam (e acham ainda) que a validade do tal modelo já havia expirado. Pensavam que dele resultavam muita hipocrisia, desigualdade e até crueldade. No meio disso tudo surgiram os jovens criadores do texto da peça.    

Pessoalmente eu acho que o caminho “indicado” por Hair é implacável demais (como costumam ser, aliás, as idéias super inovadoras). Acho que a verdade de tudo se encontra no meio termo, nos entendimentos e nas conciliações e não na ruptura total, pois muitos dos ditames sociais têm razões para existir.

Quanto à peça, o meu encanto deve vir dos mesmos pontos que encantaram a minha amiga: a esperança de que o mundo pode ser bem melhor, mais pacífico, mais acolhedor e até mais alegre.

Outro ponto interessante é que uma das principais canções da peça diz que a grande mudança virá quando se der uma combinação espacial de planetas (conjunção planetária), sob o ponto de vista astrológico.  Nesse momento estará se iniciando a “Nova Era”, a era de AQUARIUS. E muitos acreditam que esse novo tempo será precedido por caos e destruição.

O que é indubitável, de tudo isso, é que Hair é uma peça que aquece o coração. E as músicas dela são maravilhosas. A minha versão preferida de Aquarius é a que foi gravada pelo brasileiro Sérgio Mendes e sua banda Brasil 66.

                                                            

É isso, por enquanto. Até breve!    


sexta-feira, 3 de maio de 2024

Pão noturno, sem sova, no forno holandês e o que rolou nos últimos dias

 


Olá, queridos leitores, é um prazer receber vocês aqui novamente!

A receita que eu trago hoje faz um pão com casca crocante e interior macio, parecido com o pão rústico italiano, muito simples e delicioso! É uma receita que não dá quase nenhum trabalho e é excelente, quando se deseja ter um pão acabado de assar, no café da manhã (pequeno almoço). É bom também para brunches, festas etc. Ele só leva 3 ingredientes + a água. E esses ingredientes são misturados à noite e postos a levedar até o dia seguinte (razão de ele ser chamado de 'noturno'/overnight). 
Esta receita viralizou, anos atrás. E embora eu a faça há muito tempo, só agora resolvi postá-la. 

Bem, e o que vem a ser forno holandês?

É uma panela grossa que tenha a tampa bem ajustada. Geralmente essas panelas são feitas de ferro fundido. Penso que antigamente, quando se queria assar algo que exigisse temperatura alta e úmida, metia-se o preparado numa panela de ferro com tampa, que ia para dentro de um forno comum, o que gerou o nome 'forno holandês' (isso é suposição minha, rsrs). 

A questão do pegador da panela (uma dica que ninguém dá):

Panelas de ferro, como a usada nesta receita (Le Creuset) costumam ter uma tampa com pegador de plástico (baquelite, seja lá o que for). Na primeira vez que fiz este pão, me ocorreu que o pegador poderia derreter, se a tampa fosse posta dentro de um forno aquecido a mais de 200ºC, que é o caso (o pão é assado a 232ºC). Então, eu pedi ao meu marido que trocasse o pegador de plástico por um de madeira (e mesmo este fica um pouco chamuscado, se for usado o grill superior do forno). 


Pão ‘noturno’ sem amassar, no forno holandês
(receita ligeiramente adaptada daqui)

xícara = 240ml

Ingredientes

3,5 gramas de fermento seco ativo (1 colher de chá)
12 gramas de sal (2 colheres de chá)
360 gramas de farinha de trigo (3 xícaras)
360 gramas de água morna (1 1/2 xícara)

Instruções

Misture o fermento, o sal e a farinha, em uma tigela média.
Adicione a água e mexa até formar uma massa espessa e felpuda.
Cubra com filme plástico e deixe crescer durante a noite, cerca de 8 horas (ou até 18 horas).
No dia seguinte, vire a massa sobre uma superfície enfarinhada. Enfarinhe as mãos e, delicadamente, forme uma bola com a massa. Deixe descansar por 30 minutos.
Enquanto o pão volta a crescer, pré-aqueça o forno a 232 ° Celsius (450 ° Fahrenheit). Coloque a panela com a tampa dentro do forno que está aquecendo (veja acima  a observação sobre o pegador da tampa da panela).
Após os 30 minutos, tire a panela quente do forno, destampe-a e coloque cuidadosamente a massa na panela (antes eu coloco a massa sobre uma folha de papel manteiga ou pergaminho, que é o papel das formas que a gente usa na fritadeira/air fryer; o papel deve ultrapassar as bordas da panela e deve também ser ligeiramente enfarinhado. Isso facilita muito colocar a massa na panela quente e também retirar o pão da panela, depois de assado). Se desejar, corte o topo da massa com uma faca afiada.
Leve a panela com a massa dentro e com a tampa, ao forno quente e deixe que o pão asse por 30 minutos.
Depois dos trinta minutos, tire a tampa da panela e deixe que o pão doure por cerca de mais 15 minutos.
Coloque o pão em uma gradinha e deixe esfriar, antes de servir. 
 


E o mais

Fotos que resolvi publicar

Panquecas + frutas, numa manhã de fim de semana

Pudim de leite, sobremesa de outro fim de semana
bolo de milho assado na fritadeira (air fryer)
flores...sempre!


E para não perder o contato com as letras, deixo abaixo a tradução (feita por Raquel Drummond) do poema "Stuffens" do alemão Hermann Hesse 

Etapas

Como cada flor fenece
E toda juventude à velhice cede,
Também as etapas da vida,
A sabedoria e a virtude, a seu tempo,
Florescem e não duram para sempre.
A cada chamada da vida o coração deve
Estar pronto preparado para a despedida e novo começo,
Para com bravura e sem pranto
Entregar-se a novos laços.
No coração de todo começo reside um encanto
Que nos protege e ajuda a viver

Devemos alegremente atravessar espaço após espaço,
Não nos prendendo a qualquer vínculo, a um lar;
O espírito do mundo não deseja nos acorrentar e nos estreitar
De etapa em etapa ele quer nos engrandecer e elevar.
Mal nos habituamos a um modo de vida,
Intimamente nos ameaça o desalento.
Somente aquele que está pronto para a partida e viagem
Pode evitar o entorpecimento do hábito.
Na hora da morte talvez sejamos mandados,

Ainda jovens, para novos espaços.
O chamado da vida nunca nos deixará.
Vá, coração, diz adeus e cure-se.


E é só por hoje, gente, mas devo voltar no dia das mães, 12 de maio (ou por volta dele), até lá!

sexta-feira, 5 de abril de 2024

Bolo "Bosque de cogumelos com coelho" e o que rolou na Páscoa

 

Olá, queridos leitores, bom mês de abril para todos!

Minha filha Bellita fez aniversário no início de março, mas resolveu fazer a festa no fim do mês. 
Ela queria que o tema da festa fosse algo como um "bosque de cogumelos".
Nessas últimas semanas, aliás, vi outros bolos com o mesmo tema, mas desconheço a razão dessa repentina predileção do povo.

Tivemos, porém (ela e eu), dificuldade de chegar a um acordo quanto ao sabor do bolo porque, embora ela não desejasse um bolo de chocolate escuro, queria que a cobertura lembrasse o tronco escuro de uma árvore com cogumelos e outros que tais, incluindo um coelho.
Consegui dissuadi-la da ideia de fazer um bolo branco com cobertura escura, mas, sem querer impor a minha vontade à aniversariante que, afinal, tem todo o direito de escolher o próprio bolo (sem falar que foi ela que organizou e decorou o evento todo), acabei fazendo dois bolos: um branco com um tronco de chocolate branco, que foi o bolo oficial da festa (foto abaixo), e este de chocolate escuro, com cobertura também escura (ganache + placas de chocolate que imitavam cascas de troncos de árvore). 


o bolo branco (trufado de abacaxi, com matinho feito de coco ralado)


Bolo Nega Maluca com Café (esta receita já apareceu aqui no blog e foi adaptada para este bolo)

xícara = 240 ml

Ingredientes

3 xícaras de farinha de trigo
2 xícara de açúcar
3/4 de xícara de chocolate em pó com 50% de cacau
1 xícara e 1/2 de café (fervente e forte) preparado, no momento, com café solúvel (para fazer o café forte, leia as instruções sobre a medida na embalagem do café, e acrescente mais uma colher (de chá) de café à água.
3/4 de  xícara de óleo culinário (soja, milho, etc.)
2 colheres de chá de fermento em pó
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
1/4 de colher de chá de sal
4 ovos grandes
1 colher de chá de essência de baunilha

Preparo

Unte três formas de 20 centímetros de diâmetro com manteiga ou com spray desmoldante. Forre o fundo das três formas com um círculo de papel manteiga (ou papel pergaminho). Reserve as formas. Ponha os ingredientes (exceto o café e os fermentos) numa tigela grande. Com u8m fouet, bata os ovos com o açúcar, o óleo e o sal. Junte os demais ingredientes, e, por fim, os fermentos, e misture-os também à massa. Ponha a mistura nas formas preparadas e leve-as ao forno médio (180ºC), por cerca de 45 minutos, ou até que passem no teste do palito (dependendo do forno pode demorar bem mais). Depois de assados, deixe que esfriem ligeiramente e tire os bolos das formas, para que acabem de esfriar sobre uma gradinha.

Para molhar o bolo

1/4 de xícara de água (para cada bolo)

Recheio
Mousse de Chocolate (de Brigadeiro)
 Ingredientes
  
1 lata de leite condensado
1/2 caixa (100 gramas) de creme de leite
1 colher sopa de manteiga
3 colheres de sopa de chocolate em pó
200 gramas de chocolate meio amargo ralado ou bem picado
Preparo
Faça um brigadeiro mole com os  ingredientes. É só juntar tudo numa panela e cozinhar, mexendo sempre, até que ferva. Depois da fervura, continue cozinhando e mexendo por mais dois minutos.
Cobertura (Ganache de chocolate)
 Ingredientes
  
300 g de chocolate meio amargo ralado ou bem picado
1 caixinha de creme de leite (200g)
 
 
Preparo
  
Derreta tudo em banho-maria ou no microondas (nesse caso, usando a potência média e marcando o tempo em intervalos de 30 em 30 segundos, mexendo a mistura, a cada vez, até que o chocolate esteja bem derretido). Leve a mistura à geladeira para que esfrie e comece a engrossar (leva 30/40 minutos). Se endurecer demais, pingue leite quente sobre a mesma e volte a misturar tudo (mas muito cuidado com a quantidade de leite, pois, se em excesso, pode por o creme a perder). Tendo o creme amornado e espessado empregue-o no bolo. Se desejar, faça placas de chocolate temperado e "cole-as" no ganache.

E, passada a festa, eu fui me dedicar aos preparativos para a celebração da Páscoa.
Eis alguns deles:
Embrulhei outros ovos com tecido, como se vê abaixo


Mas preferi comprar uns bombons para o povo de casa, pois as meninas se anteciparam e compraram os ovos.

E no quesito 'artesanato/decoração de Páscoa', resolvi fazer - de improviso - uns anéis de guardanapo. Para tanto, usei elementos simbólicos da Páscoa, como a cenourinha de isopor abaixo, que colei em argolas de cortina de box de chuveiro (eu tinha um pacotinho dessas argolas que jamais havia sido aberto). E colei a cenoura como? Com cola quente! (calor e isopor não combinam, porém consegui colar as cenourinhas numa boa).


Aproveitando uns mini coelhos usados em anos anteriores para a decoração de um bolo, fiz outros anéis para guardanapo.
 

Mas eu quis dobrar também os guardanapos como 'orelhas de coelho, que vêm sendo usados há uns bons 5 anos (mundo a fora).

este, da foto abaixo, era de uma loja


Mas este de xadrezinho em verde fui eu que fiz. O guardanapo usado era muito grande, o que não é o ideal para evidenciar o efeito desejado


fiz um arranjo, para mesa, com coelho; sabemos que coelhos não botam ovos mas...


Mexendo nas coisas de Páscoa, de anos anteriores, achei os ovos de plástico abaixo, nos quais fiz umas decoupages


                                               
fotos tiradas em lojas, para uma pasta que abri, anos atrás, com o título "Páscoa nas lojas"






É isso aí, até breve!


Pin It button on image hover