(imagem do filme Anna Karenina, retirada da Internet)
Atenção: o texto abaixo contém revelações sobre o enredo do livro e filme Anna Karenina (Spoiler!). Se você quer preservar a surpresa não o leia!
Anna Karenina (ou Anna Karênina é um livro do escritor russo Liev Tolstói, publicado entre 1873 e 1877)
Frase anotada do livro:
"Todas as famílias felizes são iguais. As infelizes o são cada uma à sua maneira".
O filme Anna Karenina
(refiro-em à ultima versão, de 2012) acabou de estrear em nossos cinemas e eu quero muito ir vê-lo, pois sempre tive
fascínio por esta personagem. Desde que li o livro de Tolstói – e lá se vão
muitos anos - nunca deixei de pensar em Anna Karenina
porque, para mim, trata-se de uma mulher que simboliza muitas coisas: a cegueira obstinada muitas vezes produzida pela paixão, a necessidade de reflexão e renúncia, ante certos impulsos íntimos, a força esmagadora das
normas sociais, a opressão das mulheres, a coragem que a vida nos exige, para a
realização de alguns sonhos, a diferença existente entre o amor sonhado e o
real, o peso da rotina num casamento, a hipocrisia social e muito mais.
(imagem do filme Anna Karenina, retirada da Internet)
Analisando a estória,
dentro do contexto social da época (século XIX), a decisão de Anna Karenina de ir
viver com o conde Vronsky, quando se percebe apaixonada por ele – em prejuízo do
casamento e vida familiar dela -, nos parece uma temeridade. Todavia, o reverso dessa moeda seria a manutenção de um casamento sem paixão, e que já não dizia nada a
ela. Karenin, o marido de Anna K., é um
alto funcionário do império. Ele está bem acomodado dentro do casamento e é muitíssimo mais preocupado com as coisas ligadas à sua
função, do que com a própria esposa, que nos é apresentada como uma mulher
muito bela. Ele não é um mau marido, por isso tendemos a achar que Anna K. age como uma mulher frívola e superficial. Porém, nem é preciso muita reflexão para percebemos que ela teve de reunir muita coragem e honestidade, para tomar uma decisão tão radical. Foi este o meu ponto de vista ao ler o livro. Mas, uma vez tomada a decisão, gradativamente muitos
acontecimentos se somam para arruinar a vida de Anna, fato que nos faz ponderar
sobre as grandes conquistas do nosso tempo, no que se refere à liberdade
feminina e coisas do gênero. Há também a questão premente do próprio temperamento dela, de sua incapacidade de se manter serena em situações de pressão. Mas o livro trata de muito mais, pois há estórias paralelas também muito interessantes. Vamos ver se o filme é fiel ao livro, rsrs.
12 comentários:
Marly,
Tive de excluir o comentário acima porque estou usando o seu próprio PC, que estava logado e eu nem me dei conta, hehehe (pode me matar!).
Tava dizendo que eu não sei o que dizer porque parei na primeira frase, já que quero preservar a surpresa, hehe.
Estella
Marly querida, li e tenho o livro Anna Karenina. E isso faz alguns anos. O filme, nao o de agora, vi pela TV.
Penso que ela foi insensta ao se jogar naquela paixão.
Nao devo mudar esse meu pensamento caso assistisse novamente. Mas seria bom rever cenas e cenários.
Estou aguardando ansiosa eh o seriado Downtown Abbey. Vc já deve ter visto as chamadas pela TV.
também ansiosa pelo filme e seriado!
beijo
Marly,
o Anna Karenina está entre os livros que quero reler, pois já faz mais de 20 anos que o li. Minhas impressões são semelhantes as suas e também estou ansiosa por assistir a essa nova versão do filme. Vi uma antiga, mas confesso que não me lembro de nada..
Ótima semana pra vc ;)
ola Marly,
nunca li o livro mas pela ponta do véu que levantou fiquei cheia de curiosidade de o ler..
Lembrem-se que esta estória remonta a uma época em que os casamentos por amor não existiam e as senhoras, talvez iludidas pelos romances que liam da época, poderiam-se lançar em aventuras do género desta à procura do amor verdadeiro nos braços dos seus príncipes amados..
bjus
Eu ainda não vi, mas quero ver! Beijos,lindo dia!chica
Hey Darling!
Estou com ele, o filme, em mãos, e agora mais que nunca quero assistir,
se bem que já tinha assistido em versão mais antiga, mas em se tratando de clássicos, rever, again and again nunca é demais não é? e confesso que as versões modernas me agradam muito,
ótima dica, valeu!
Marly
vim agradecer o seu carinho!
Estou me deliciando com o seu blog, com receitinhas e coelhinhos lindos.
Quanto ao filme, tenho vontade de assistir. Nunca li o livro, mas conheço um pouco desse romance. Vale a pena ver.
beijinho
Zizi
Oi, Marly. Também li o livro há anos, e adorava a heroína. Tenho-o em casa, só ando sem tempo para ler. Ou antes, estou com 4 na frente, para ler. rs E só o faço à noite, um pouquinho antes de dormir. Certamente essa versão atual vai ser linda, pelo menos em termos de filmagem, e como a história e boa mesmo, só pode ter saído um filmaço.
Depois vejo, em DVD, pois não gosto de ir ao cinema.
Beijo!
Amiga! este livro é muito bom. Adoro!
Já escrevi sobre ele.
Beijo no coração
Olá, vi o filme e adorei, amei mesmo... mas por favor me tirem uma duvida... o que tinha naquela caixinha que o marido dela sempre pegava no armario, qdo ele a chamava para dormir, que na verdade, era a deixa para que ela soubesse que não iam dormir... Fiquei curiosa demais, não entendi o que era...
a direção de arte é um primor. beijos, pedrita
Postar um comentário