O Grande Gatsby
(atenção: este post contém revelações sobre o enredo integral do livro e filme O Grande Gatsby - spoiler!)
Assisti na TV ao filme O
Grande Gatsby, versão de 2013, com Leonardo
DiCaprio, Tobey Maguire e Carey
Mulligan. Achei a obra supimpa! Tive também a surpresa, e em seguida a
vergonha, de constatar que já não me lembrava da essência da estória, que é
maravilhosa.
Li o livro quando era
adolescente, e só me recordava que ele tratava da disputa de dois ricaços pela
mesma mulher. Também me lembrava das festas monumentais dadas por um deles, que
vinha a ser justamente o Gatsby do título. Oh, como pude me esquecer de todos os
ricos e significativos detalhes desta estória? Ainda bem que assisti ao filme, pois
isso me levou a desejar reler o livro, coisa que farei o quanto antes. No
romance, F. Scott Fitzgerald faz uma tremenda crítica ao - segundo o ponto de
vista dele - tolo sonho americano de busca de riqueza. Para ele, esta busca é muitas vezes embasada em motivos fúteis, o que a torna indigna e potencialmente destrutiva. E ele insinua isso neste livro, publicado na década de 20, do século passado.
Gatsby é um homem muito rico, que todos os sábados dá festas magníficas, em sua luxuosa mansão. As festas atraem centenas de pessoas, entre as quais os mais ricos e famosos nova-iorquinos. Ele acabou de se mudar para a tal mansão, que fica em Long Island, a ilha comprida, situada a leste de Manhattan. Mas quase ninguém sabe realmente quem é ele é, e a maioria das pessoas sequer já o viu.
Depois do encontro de Gatsby com Dayse, o affair entre eles recomeça, e Gatsby pensa em casar-se com ela. Ele tentara fazer isso anteriormente, confiando que receberia uma herança de um milionário a quem salvara, mas uns contratempos jurídicos, criados pelos herdeiros legais do homem, adiaram seus planos e meio que o lançaram nos negócios obscuros. Então ele caíra no mundo, a fim de enriquecer, para poder finalmente desposar a sofisticada Dayse. Mas no meio tempo ela se casara com Tom Buchanan.
Gatsby é um homem muito rico, que todos os sábados dá festas magníficas, em sua luxuosa mansão. As festas atraem centenas de pessoas, entre as quais os mais ricos e famosos nova-iorquinos. Ele acabou de se mudar para a tal mansão, que fica em Long Island, a ilha comprida, situada a leste de Manhattan. Mas quase ninguém sabe realmente quem é ele é, e a maioria das pessoas sequer já o viu.
Então, um jovem aspirante
a escritor, que, aliás, é o narrador da estória, muda-se para uma casa
simples, mas que fica em frente à mansão de Gatsby. Ele logo recebe convite
para uma festa do milionário, a qual comparece, ardendo de curiosidade de conhecer um
pouco melhor o vizinho ‘excêntrico’. Lá ele toma conhecimento dos vários boatos
existentes sobre a origem da riqueza de Gatsby. Muitos suspeitam (com alguma
razão) que ela proveio principalmente do contrabando de bebidas, que se tornara
um ótimo negócio, naqueles tempos de Lei Seca. O escritor passa a
frequentar o círculo do milionário e assim descobre que ele – coincidentemente
- tem uma paixão por Dayse Buchanan, que vem a ser uma sua prima (do escritor).
Dayse é uma socialite, casada com um atleta rico, chamado Tom Buchanan.
A certa altura, Gatsby, com
quem o escritor vai estreitando as relações, pede a este que convide Dayse para
um chá em sua casa, para que ele possa aparecer ‘casualmente’ e avistar-se com
ela. O escritor não acha a proposta muito correta, mas talvez por saber que Tom
Buchanan, o marido de Dayse, é um ricaço arrogante e adúltero, e por já ter
percebido que Gatsby é um cavalheiro, que conheceu e amou Dayse antes de ela casar-se
com Buchanan, acaba por concordar em ajudar o novo amigo. Que mal pode haver em
que os dois ex noivos conversem? O escritor já sabe também que Gatsby respeita
e idealiza Dayse, vendo-a como a personificação de um sonho e o ideal feminino
de beleza e charme. Uma frase de Gatsby resume a impressão dele sobre Dayse: Ela torna
tudo encantador!
Na ocasião do pedido de
Gatsby, o escritor também tinha, bem nítida na mente, a recordação da orgia,
à qual fora arrastado por Tom Buchanan. A esbórnia acontecera pouco tempo antes,
e uma das mulheres presentes à farra era Myrtle Wilson, amante de Tom Buchanan.
Myrtle era a esposa de um dono de garagem e mecânico, que fazia pequenos
serviços automotivos para Buchanan. Na mesma “festa”, Buchanan, depois de uma
noite de descomedimentos, agride Myrtle, jogando-a ao chão.
Depois do encontro de Gatsby com Dayse, o affair entre eles recomeça, e Gatsby pensa em casar-se com ela. Ele tentara fazer isso anteriormente, confiando que receberia uma herança de um milionário a quem salvara, mas uns contratempos jurídicos, criados pelos herdeiros legais do homem, adiaram seus planos e meio que o lançaram nos negócios obscuros. Então ele caíra no mundo, a fim de enriquecer, para poder finalmente desposar a sofisticada Dayse. Mas no meio tempo ela se casara com Tom Buchanan.
Os encontros entre Gatsby
e Dayse continuaram ocorrendo e ela chega a propor que os dois fujam. Mas Gatsby
rejeita a proposta, pois quer ter com ela uma relação sempre respeitável. Ele a
ama de fato. Então, de repente, Buchanan
percebe que corre o risco de perder a mulher para Gatsby! A coisa fica feia
entre os dois homens, e ambos quase que chegam às vias de fato. Na ocasião, o
casal Buchanan estava em companhia do escritor e de uma das damas, que
frequentavam as festas de Gatsby. Gatsby pede a Dayse que diga a Buchanan que
nunca o amou, e ela, talvez por medo do marido, fica um pouco hesitante,
dizendo que já não o ama, mas que um dia o amou. A situação fica muito tensa e
então todos partem com destino a Nova York. Dayse sai em companhia de Gatsby,
no carro deste, e, pouco depois, o escritor e a dama saem juntamente com
Buchanan.
Logo depois da partida, Gatsby
entrega o volante do carro à Dayse, que pede para dirigir, alegando que isso a
acalma. Mas ela está muito alterada e sai em disparada. Enquanto isso, o
mecânico está tendo uma briga daquelas com a esposa, Myrtle. O homem vinha
suspeitando que a mulher o traia e perdera a cabeça. Myrtle sai de casa
perturbada, e ao avistar o automóvel de Gatsby, que Tom Buchanan estivera
dirigindo horas antes, supõe que o amante esteja no carro e se joga na frente
dele. Dayse não percebe a tempo o que ocorre e atropela e mata a mulher,
fugindo em seguida, aterrorizada.
Pouco depois, Buchanan e
seus dois passageiros chegam ao local do acidente. Encontram-no em alvoroço,
com policiais presentes e o mecânico transtornado. O mecânico, que vira
Buchanan dirigindo antes o automóvel que matou sua esposa, volta-se contra
Buchanan, acusando-o de ser também o homem com quem a mulher estivera se
encontrando. Buchanan então diz que o carro é de Gatsby e que ele deve ter
matado Myrtle, para livrar-se dela. Desse modo Buchanan acusa Gatsby de
dois delitos: ter sido o amante de Myrtle e também o assassino dela.
Gatsby, que havia levado Dayse para a casa dela, recebe a visita do escritor e diz a este que espera um telefonema de Dayse, para que os dois acertem todas as questões existentes. Gatsby já havia assumido a responsabilidade pelo atropelamento da mulher do mecânico, e acreditava que conseguiria resolver tudo, porque vira a tal jogando-se na frente do automóvel. Mas o escritor havia passado antes na casa dos Buchanan e vira o casal arrumar as malas e partir, perfeitamente de acordo, um com o outro. Nesse meio tempo, o mecânico, perturbadíssimo, devido à morte da mulher, e muito revoltado com o assassino, penetra na mansão de Gatsby – armado – e atira nele, matando-o.
Depois de tudo, no funeral
de Gatsby, ao qual não comparece ninguém, porque a mídia acusa o milionário falecido de todos os crimes possíveis, o escritor diz o seguinte, sobre o
casal Buchanan:
Eles quebravam e
esmagavam coisas e criaturas e, então, se entrincheiravam atrás de seu dinheiro.
*****************
O livro de F. Scott Fitzgerald é uma verdadeira obra de arte. Ele é muito bem escrito e nos apresenta uma estória que propicia muitas reflexões sérias. Só tardiamente são feitas as revelações sobre o verdadeiro caráter, as origens e as razões de Jay Gatsby. Quando tomamos conhecimentos dessas informações, as impressões que até então tínhamos do personagem caem por terra. Vemos então que Jay Gatsby é moralmente superior às pessoas que o cercam, pois é movido por um profundo amor por Dayse. Vemos também que Dayse é uma mulher fútil e egoísta, enquanto que o marido dela é sobretudo cruel. No entanto, quem é punido pelas circunstâncias e pelo julgamento injusto dos fatos é justamente Gatsby.
os cartazes desse filme são lindos. eu escolhi outro pra ilustrar o post no meu blog. lindíssimo esse que escolheu. eu estou querendo ler o livro. como sempre achei que já tinha lido, não comprava qd via em algum lugar. beijos, pedrita
ResponderExcluirOlá Marly: tal como disse no FB ,li o livro há muitos anos! Vi o filme a semana passada. Confesso que tinha visto uma outra versão em que Gatsby era representado por Robert Redford no auge da sua beleza!!Por isso, achei este Gastby mais "fraquinho",mas claro que a estória, belíssima, continua lá.
ResponderExcluirBjn
Márcia
O livro é lindo, os filmes são lindos.
ResponderExcluirAssisti as 2 versões.
Penso que o personagem dava aquelas festas cinematográficas para chamar atenção da amada que morava do outro lado.
O autor sempre teve vida desregrada.
Acho que queria escrever sem está, necessariamente, contestando nada.
Marly,
ResponderExcluirVocê sempre arrasa, em tudo que faz.
Embora não tenha lido todo o post, seguindo sua recomendação (porque não vi o filme e nem li o livro), pelo pouco que li, adorei sua crítica e recomendação.
Preciso ir atrás da obra.
Beijos.
Oi MArli, uau, que filme/livro, não sei se saberia contar tão bem assim uma história de filme ou livro, quero assistir, achei bem emocionante.
ResponderExcluirFiz a sua receita bombom no copinho, semana que vem vai para o blog.
bjs uma ótima terça
Gélia
Amiga... estou passando para deixar um beijinho e votos de uma semana abençoada!
ResponderExcluirBjuss!!!
Marly, é uma vergonha, mas eu não cheguei a ler o livro. Assisti a uma versão antiga do filme, acho que com o Robert Redford, mas nem me lembrava mais até saber desta nova filmagem. Ocorre que não gosto nada do Leonardo DiCaprio, mas gostei muito de sua resenha. O que fazer, então? Ler o livro, é claro! E assistir ao novo filme só depois de ter imaginado outra cara pro Gatsby... rs
ResponderExcluirAbraço!
Bom dia, Marly! Obrigada pelo carinho da visita. Já li o livro e assisti a primeira versão, nunca vi a segunda, mas gostei mais do livro. Bjs e que seu dia seja feliz!
ResponderExcluirParece ser muito bom, adorei o post!
ResponderExcluirTenha uma boa semana, beijos e fique com Deus!!
Marlyca querida, não li o livro ainda,(como assim?) mas assisti o filme e adorei. Achei sensacional. Trilha, fotografia, atuações e roteiro impecáveis.Prendeu minha atenção principalmente da metade pra frente e o final me surpreendeu.
ResponderExcluirBela postagem amiga. Beijinhos
PS: Esta tendo um sorteio no meu cantinho ta?
Oi Marly,eu ainda não li o livro e nem assistir o filme,mas pretendo ler e assistir,pois achei a história muito rica,cheia de detalhes,parece muito bom.Gostei muito da sua resenha. Olha,meu nome é Lícia Tatiane,é por isso que meu marido me chama de Tati.Na verdade pouquissimas pessoas me chamam de Licia.Bjss.
ResponderExcluirEu gosto muito de sentar no domingo e assistir filmes mas faz tempo que não consigo, gostei da dica marly, a história parece bem interessante, assim que tiver oportunidade vou assistir bjs
ResponderExcluirEu ainda não vi essa versão do Di Caprio. Assisti o antigão e adorei. A história é mesmo fascinante. Sou louca para ler o livro, pois nunca li.
ResponderExcluirBeijos
Adriana
Oi Marly
ResponderExcluirexcelente resenha
vi o filme, mas já tinha esquecido certos detalhes. Foi bom relembrar! Eu prefiro um bom filme do que o livro. O filme assisto de uma vez só. O livro eu enrolo! rs
Senti pena do personagem principal o Gatsby . A amada não merecia o amor desvairado nem do marido, nem do amante. Fui cruel?
Mas se não houvessem dramas as ficções nos filmes não existiram, não é?
bjo
Zizi
Que bonita pelicula, llena de elegancia. Mil besicos
ResponderExcluirOi, Marly!
ResponderExcluirAinda não vi o filme. Há quem me dissesse que não é tão bom como o anterior de 1974 com Robert Redford. Outro colega disse-me que era excelente. Quero vê-lo. Mais ainda depois que li o seu post. Um incentivo.
Eu li o livro e tal como você faz muito tempo - O autor quis retratar a busca pelo inútil, como todos um dia fazem e com o passar dos anos, a mente clareia... "e prosseguimos, botes contra a corrente, impelidos incessantemente para o passado". A literatura e o cinema nos consola, mas não nos salva! :D
Como escreveu Cazuza:
"Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas
Eu sou um cara
Cansado de correr
Na direção contrária"
Boa semana!!
Beijus,
Oi querida, vim lhe desejar uma ótima semana, beijos!
ResponderExcluirQue sua semana seja abençoada
ResponderExcluire repleta de realização.
Um caminho florido para você caminhar
em paz é tudo que desejo para você.
Tenho estado um pouco ausente mais
nada fará com que eu esqueça seu carinho.
Um abraço com muito carinho.
Evanir.
Oi amiga... não assisti ainda, mas fiquei muito interessada com todas as observações que você fez.♥
ResponderExcluirBjuss!!!
Oi, Marly! Gostei da riqueza de detalhes sobre a história. Não assisti o filme (eu sempre falo mal do filme porque no livro era diferente e tal, como se isso fosse defeito,rs). Li duas vezes este livro há poucos anos, gostei bastante, poucas e intensas páginas! O que mais me marcou na primeira leitura era o mint julep que a Daisy insistia em tomar, rs.
ResponderExcluirbeijos!