Olá, minha gente, bom dia e boa semana para todos! Ao contrário do que eu planejava, passei um tempão sem vir aqui. Dessa vez o desânimo se deveu também aos acontecimentos que ora se desenrolam no cenário político do nosso país. Para minha surpresa, vi-me desnorteada, com o que está ocorrendo. Mas tive de ponderar a respeito de tudo, o que me levou a concluir que a vida tem a sua própria sabedoria e o seu tempo, para organizar as coisas que se põem em desordem.
Bem, apesar de tudo, a vida segue e eu tenho seguido também, fazendo o que é do meu costume. No dia das mães, fiz para a minha, o bolo da foto abaixo, que é recheado com doce de abacaxi e trufa de chocolate branco. A receita dele foi postada aqui, em 2009.
E anteontem eu me atrevi a fazer um bolo Donauwellen à minha moda. Esse bolo é uma especialidade austro-germânica e o nome dele, que significa 'Ondas do Danúbio', faz alusão ao desenho formado por suas camadas, que lembrariam ondas. Mas, como disse, eu simplesmente adaptei a ideia, e usei para isso, a minha receita de bolo de morangos. Eu não queria fazer um bolo recheado com cerejas em calda, pois supunha que ele resultaria muito doce. Mas aí ocorreu o seguinte: acabei por misturar a camada de chocolate do meu bolo, à camada branca, o que deu a ele mais uma aparência de bolo mesclado, do que de qualquer outra coisa, rsrs. E os morangos, assados dentro da massa bicolor, ficaram meio roxos. Por isso tudo eu nem quis fotografar a fatia do bolo, rsrs. O sabor dele, porém, resultou muito bom, de modo que provavelmente eu voltarei a fazê-lo, com mais cuidado. Mas tenciono fazer também a receita clássica, só para ver a bonita aparência do interior do bolo, rsrs.
Bolo Donauwellen à minha moda
O meu bolo de morangos
xícara = 240 ml
Ingredientes
3 xícaras de farinha de trigo (não use a que vem com fermento*)
3/4 xícara de manteiga sem sal, macia
2 colheres (chá) de fermento em pó (ou 1 de sopa, rasa)
1/2 colher (chá) de sal
2 xícaras de açúcar refinado
3 ovos médios
¾ xícara de leite
1 colher (chá) de extrato de baunilha
200 g de morangos limpos e desfolhados
2 colheres (sopa) de açúcar de confeiteiro para polvilhar sobre o bolo (opcional)/ dessa vez o açúcar foi dispensado pelo motivo óbvio de o bolo ter recebido outras coberturas.
xícara = 240 ml
Ingredientes
3 xícaras de farinha de trigo (não use a que vem com fermento*)
3/4 xícara de manteiga sem sal, macia
2 colheres (chá) de fermento em pó (ou 1 de sopa, rasa)
1/2 colher (chá) de sal
2 xícaras de açúcar refinado
3 ovos médios
¾ xícara de leite
1 colher (chá) de extrato de baunilha
200 g de morangos limpos e desfolhados
2 colheres (sopa) de açúcar de confeiteiro para polvilhar sobre o bolo (opcional)/ dessa vez o açúcar foi dispensado pelo motivo óbvio de o bolo ter recebido outras coberturas.
Outros ingredientes (para a massa do meu Donauwellen)
3 colheres
de sopa de chocolate em pó, rico em cacau
2 colheres
de sopa de leite
Preparo da massa (Para o bolo Donauwellen)
Ligue o forno em 180ºC. Unte e enfarinhe uma forma de 30 cm de diâmetro (o usual é que este bolo seja feito numa forma retangular ou quadrada)
e ponha-a de lado. Peneire numa tigela: farinha, fermento e sal e reserve-os.
Bata a manteiga com o açúcar, na batedeira, até obter um creme claro e fofo
(uns 3 minutos). Acrescente os ovos -um por vez - e bata até que misturem.
Desligue a batedeira e acrescente o leite e o extrato, misture tudo, com um
fouet. Acrescente a farinha, aos poucos, misturando tudo – delicadamente - com
o fouet (a massa ficará meio grossa). Tire pouco mais de um terço da massa e junte a esta parte o chocolate em pó mais as colheres de leite. E deixe esta mistura de lado. Espalhe a mistura branca na forma preparada e
sobre ela distribua os morangos, pressionando-os um pouco para que entrem na
massa. Espalhe depois a massa escura sobre a branca, cuidando para que as duas não se misturem. Leve a forma ao forno, por uns 40 minutos, ou até que o bolo passe no
teste do palito.
* a farinha com fermento é apropriada para muitas receitas, mas nesta é preferível usar a farinha comum.
Creme Mousseline Simplificado
Ingredientes
- 2 xícaras (480 ml) de leite
- 3 gemas de ovos
- ¼ de xícara (chá) de açúcar
- 3 colheres (sopa) de amido de milho
- ¼ de colher (chá) de extrato de baunilha (ou a gosto, há quem coloque 1 colher de chá)
- 100 gramas de manteiga sem sal, fria mas não dura.
Preparo
Misture
bem os ingrediente, exceto a manteiga e a baunilha, numa panela de fundo grosso
(é bom passar as gemas por uma peneira, ao fazer isso). Leve a panela ao fogo,
mexendo sempre, até que a mistura ferva e se transforme num creme. Junte a
essência e misture tudo muito bem. Cubra o creme com filme plástico, bem
aderido à superfície do mesmo, e ponha-o de lado para que esfrie. Uma vez frio,
bata a manteiga na batedeira, até que fique cremosa e aerada, junte o creme frio,
uma colher por vez, até que tudo resulte num creme fofo e claro.
Ganache
para a Cobertura
150 gramas de chocolate meio amargo ralado
1 caixinha de creme de leite
Preparo
Dissolva o chocolate misturado com o creme, em
banho maria, mexendo tudo muito bem. Espere que a mistura esfrie, para empregá-la.
Montagem
Ponha o bolo assado no prato em que será servido. Cubra-o
com o creme mousseline. Por cima desse, espalhe o ganache. Se desejar, decore o
bolo com morangos.
******************************************
Este livro chegou a mim indiretamente, ou seja, eu nunca tinha ouvido falar dele e nem o procurei em livrarias. Aconteceu assim: eu e meu marido nos encontrávamos em casa de alguém que estava se desfazendo de coisas. Essa pessoa desejava que comprássemos algumas das tais coisas. Mas eu resistia à tentação de as comprar (tentação sim, pois havia muitos objetos bonitos à venda). Então o meu marido - talvez até para se desvencilhar de forma elegante das propostas feitas - disse: "Ela gosta é de livros", rsrs. E a pessoa respondeu: "Ah, mas eu tenho uns livros para vender também", e nos trouxe cerca de uma dúzia de livros, no meio do qual estava este. Lendo as informações das contracapas, vi que a estória tinha tudo a ver com um dos meus interesses, que é a questão do tempo e dos elementos associados a ele. Nessa estória, porém, a alteração do tempo está ligada à desaceleração da rotação da Terra, o que torna tudo mais interessante, porque essa é uma possibilidade real.
Resenha do A Idade dos Milagres (The Age of Miracles, livro de estreia da autora norte americana Karen Thompson Walker)
Muitos de nós já desejou que o dia tivesse mais horas, pois as 24 de que dispomos têm nos parecido insuficientes, não é verdade? Mas, o que aconteceria com o mundo e a vida, se os dias fossem repentinamente esticados?
É disso que trata este livro. E o assunto é desenvolvido a partir do ponto de vista de uma menina de onze (para doze) anos, moradora da Califórnia, que, num certo sábado, descobre, juntamente com o restante da humanidade, que a velocidade da rotação da Terra está diminuindo.
Não se sabe exatamente a causa do fenômeno, embora muitas teorias sejam levantadas, como as que o atribuem aos danos que a humanidade vem causando ao planeta.
Os dias, na narrativa, vão esticando, gradativamente, e acabam ficando, no fim, com o que corresponderia hoje a 72 horas. E as consequências disso vão ficando cada vez mais desastrosas, porque a longa exposição da superfície terrestre à luz e ao calor - durante o dia -, e à escuridão e ao frio -, durante a noite - afetam os elementos sustentadores do equilíbrio que hoje conhecemos no planeta. Da gravidade ao campo magnético da Terra (que é o que protege os seres vivos das partículas e ventos solares), passando, claro, pelas mudanças nas temperaturas (que trariam como consequências alterações nas correntes marítimas, que, por sua vez, resultariam na maior ocorrência de desastres naturais, tudo seria afetado pelo abrandamento do movimento de rotação da Terra.
Num cenário desse, os animais e plantas iriam desaparecendo. E, naturalmente, nós, seres humanos, também acabaríamos por desaparecer. Porém, com a mudança se dando gradativamente, inicialmente sofreríamos, por conta dos desajustes causados aos nossos temporizadores internos e ritmos circadianos*. Esses desajustes resultariam logo em doenças e transtornos.
Num cenário desse, os animais e plantas iriam desaparecendo. E, naturalmente, nós, seres humanos, também acabaríamos por desaparecer. Porém, com a mudança se dando gradativamente, inicialmente sofreríamos, por conta dos desajustes causados aos nossos temporizadores internos e ritmos circadianos*. Esses desajustes resultariam logo em doenças e transtornos.
(* O
ritmo circadiano regula todos os ritmos materiais bem como muitos dos ritmos psicológicos do corpo humano, com
influência sobre, por exemplo, a digestão ou o estado de vigília e sono,
a renovação das células e o controle da temperatura do organismo - vide Wikipédia).
Todavia, à parte do fenômeno, acompanhamos os acontecimentos triviais - e também os incomuns - da vida da família da menina.
A novidade que este livro traz é a associação da estória trivial de uma menina e sua família, com um evento apocalíptico, o que transforma a estória numa distopia relacionada à eventos científicos, ou seja, é uma distopia, como se diz hoje, 'sci-fi' (sci-fi = ficção científica).
A novidade que este livro traz é a associação da estória trivial de uma menina e sua família, com um evento apocalíptico, o que transforma a estória numa distopia relacionada à eventos científicos, ou seja, é uma distopia, como se diz hoje, 'sci-fi' (sci-fi = ficção científica).
É só, para o momento. Até breve!
16 comentários:
Marly,
Esse foi o meu primeiro livro da parceria com a Companhia das Letras que li. Adorei esse livro. Achei super interessante o tema e o desenrolar da história. Mesmo que seja narrado por uma garota.
E esse bolo? A aparência dele por dentro pode não ter ficado como vc queria, mas com certeza estava super gostoso. E por fora estava lindo demais! Amei.
Beijos
Adriana
Olá Marly: ficou lindíssimo o teu Donauwelle e com morangos também deve ficar delicioso.
Este livro de que falas parece bem interessante, embora só o seja na ficção. Seria terrível para todos nós se isso realmente acontecesse.
Bjn
Márcia
lindíssimo os bolos. beijos, pedrita
Querida Marly,tu é muito chic,nunca ouvir falar neste bolo e que espetaculo!
Inspirou-me para o bolo do niver do marido que iremos festejar no Sabado.
Este livro plhosoarece maravilhoso. Muito triste tudo que está acontecendo por ai,mas penso que está no caminho,estou na torcida,feliz semana,beijinhos
Adorei a receita, acho q vou me atrever a tentar.
Este livro ainda nao conhecia a historia. Interessante.
Passei meses afastada do meu blog tbm, dei inicio hj a uma nova fase.
As vezs precisamos desse tempinho né?
beijos
luizawg.blogspot.com
Ummmm que delicia¡¡¡¡ besos
Quero um pedaço !!!!
Bjbjbj Lisette
Ficou lindo!!
Parabéns!!
Beijinhos
Vânia
http://colherdepausaltoalto.blogspot.pt/
Oi amiga, que delícia hein!!
Vim lhe desejar uma ótima semana, beijos e fique com Deus!!
OLÁ MARLY
Pelo visto ficou uma delicia. Me deixou com água na boca. Parabéns pela dedicação e pelo amor que vc o fez.
Fiquei muito interessada no livro, vou comprar. E que bolo incrível, fiquei c vontade.... Bjs
Ficou fantástico. Uma delicia!!! :)
Bjinhos
http://bimbysaboresdavida.blogspot.pt/
Marly, querida!
Menina, a Donauwelle é uma delícia. Adoro!
E que bom que você criou uma nova versão da receita.
Os seus bolos são muito lindos. Como não ficar com água na boca.
Realmente, os acontecimentos no Brasil nos deixam abalados mesmo.
E eu me impressiono com as rudes palavras e o extremo preconceito que existe.
Vou anotar o livro, amiga!
Pela sua resenha, fiquei bem curiosa.
Boa semana!
Beijo
Minha querida, acredite! Sempre que necessito de um bolo especial, sucesso garantido, venho aqui. Obrigada.
Beijinhos
Amiga!
Obrigada pelo carinho.
Sim, o Lago Sul, eu vi um pouco dele quando passeamos por Brasília numa de nossas idas e vindas ao Brasil.
É lindo! Ao conhecer Brasília senti uma grande emoção: a cidade planejada, a nossa capital, o urbanismo e a arquitetura únicos.
Copenhague tem cinco lagos. Além disso, está cercada por águas do mar. O centro é pontilhado de canais e por um braço grande do mar, que parece um lago. Há canais e barcos por todos os lados. Sim, é uma cidade bonita, tranquila e feliz.
Abraço forte!
Ila
Bolos maravilhosos, Marly! E a resenha do livro... muito interessante!
Quanto ao cenário politico... já me estressei, briguei sozinha, xinguei alto... agora entrei numa de ignorar, fingir demência. Volto aos meus livros e escritos... e cumpro minha missão neste mundo de forma a poder deitar e dormir com a consciência em paz. Só.
Abraço!
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