Estou passando por uma fase em que os bolos e as iguarias simples e com menos gordura me apetecem mais do que as mais 'ricas'. E foi este o motivo que me levou à receita deste bolo, originalmente um pão de ló feito sem nenhuma gordura.
No entanto, ainda que na origem este bolo não leve gordura (e nem canela, a bem da verdade) já surgiram outras versões dele em que este ingrediente e outros, como o creme azedo, se fazem presentes (você pode acrescentar outros ingredientes ao seu bolo, como eu costumo fazer, rsrs). As duas características principais deste bolo são a fofura e o fato de ele ser "light".
Sharlotka - Bolo russo de maçãs
No entanto, ainda que na origem este bolo não leve gordura (e nem canela, a bem da verdade) já surgiram outras versões dele em que este ingrediente e outros, como o creme azedo, se fazem presentes (você pode acrescentar outros ingredientes ao seu bolo, como eu costumo fazer, rsrs). As duas características principais deste bolo são a fofura e o fato de ele ser "light".
Sharlotka - Bolo russo de maçãs
Ingredientes
1 e 1/3 xícaras de farinha de trigo
1 xícara de açúcar comum (granulado)
6 ovos grandes (à temperatura ambiente)
3 maçãs descascadas, sem sementes e fatiadas bem finas (Já usei maçãs tipo Fuji e também maçãs verdes - Granny Smith - e laminei as minhas na mandolina)
1 colher de sopa de manteiga derretida e fria
10 gotas de essência de baunilha
1 colher de chá de sumo de limão fresco (usando maçãs ácidas pode dispensar o limão, embora ele, para além de destacar o sabor das maçãs vermelhas, também sirva para evitar o escurecimento - oxidação - das fatias das frutas)
1/4 de colher de chá de fermento em pó para bolo
1/4 de colher de chá de sal
1 colher de sopa de açúcar refinado (para polvilhar sobre o bolo depois de assado e frio (se for fazer o bolo com canela, use as medidas de açúcar e canela abaixo)
Para o bolo com canela - misture numa tigelinha (isto é para as maçãs do recheio e também para espalhar no topo do bolo, depois de assado)
2 colheres de sopa de açúcar refinado
2 colheres de chá (ou a gosto) de canela moída
Preparo
Unte uma forma redonda, para bolo, de 24 cm de diâmetro. Forre o fundo da forma com um disco de papel manteiga e unte também o papel. Polvilhe uma colher de sopa de farinha de trigo na forma untada, agitando a forma para que a farinha se espalhe. Vire a forma de cabeça para baixo para descartar o excesso de farinha.
Ponha os ovos, o sal a essência e o açúcar na tigela da batedeira e deixe que batam, em alta velocidade, por 10 minutos. Enquanto isso, descasque, tire as sementes e corte as maçãs em fatias bem fininhas. Se for usar o sumo do limão, espalhe-o sobre as fatias de maças, misturando tudo com uma colher. Se for fazer a versão com canela, espalhe uma colher de sopa da mistura de açúcar refinado e canela sobre as fatias de maçãs e misture tudo (reserve o restante da mistura de açúcar e canela para polvilhar sobre o o bolo assado e frio). Numa tigela separada, peneire a farinha e o fermento e reserve-os. Desligue a batedeira e - aos poucos - adicione a farinha com o fermento à mistura de ovos. Faça isso delicadamente - sem bater a mistura - para que os ovos batidos não percam o ar acumulado. Espalhe 1/3 de massa na forma preparada e - sobre ela - distribua 1/3 das fatias de maçãs. Espalhe mais 1/3 da massa e distribua sobre ela mais 1/3 das fatias de maçãs. Espalhe o último 1/3 da massa e distribua sobre ela o restante das fatias de maçãs. Leve a forma ao forno (a 170º C) e deixe que o bolo asse por cerca de 1 hora ou até que passe no teste do palito.
Espere o bolo esfriar e polvilhe sobre ele o restante da mistura de açúcar refinado com canela (ou espalhe somente o açúcar, se for fazer a versão sem canela).
Livro - Persuasão de Jane Austen
(atenção: texto com revelações sobre o enredo do livro abaixo)
Nos últimos tempos tenho priorizado a leitura de livros voltados para assuntos como sociologia, filosofia e política. Mas gosto de intercalar um livro mais "leve" e agradável, entre os que abordem temas como os mencionados. Jane Austen é sempre uma boa opção para esse tipo de leitura. E foi por isso que lancei mão deste 'Persuasão'.
O livro aborda a história de Anne Elliot, filha do barão, Sir Walter
Elliot, homem vaidoso e meio tolo que, no entanto, como sempre acontece, é
muito considerado, em razão da sua alta posição social. Justamente por conta
dessa posição, a moça fora persuadida a desmanchar o noivado que firmara com um
jovem oficial da marinha, sete anos antes.
Lady Russell tinha sido a melhor amiga da falecida mãe da moça, e após a
prematura morte desta, tomou para si a tarefa de orientar e encaminhar a jovem
(e suas duas irmãs). E Lady Russel achara que havia um descompasso social entre
a Anne e o capitão Frederick Wentworth, com quem ela noivara.
Somente Lady
Russell e Elizabeth, a irmã mais velha de Anne, chegaram a tomar conhecimento do
noivado entre os jovens, de modo que o rompimento entre eles foi discreto e
praticamente imperceptível para a sociedade.
Porém, com as reviravoltas da vida, Anne reencontra Frederick Wentworth
e ambos percebem que não deveriam ter se separado.
O texto acima pode bem resumir o enredo desta novela romântica, no entanto, são outras as razões que tornam obrigatória - em minha opinião - a leitura dos livros de Jane Austen. E entre os vários motivos que eu sempre encontro para lê-la estão, para além do fato de ela escrever bem: a rebeldia, a lucidez, um certo feminismo e a ética elevada da escritora. E os muitos detalhes das obras, que nos revelam as práticas sociais, os costumes e os preconceitos da época.