nesta lata vê-se dois tipos de bolachas: as de mel e especiarias e as 'Linzer' (recheadas)
Olá!
Já iniciei por aqui os testes com receitas de bolachas e biscoitos, com o intuito de escolher aquelas que irei fazer (para comer e presentear) no próximo Natal. Trago hoje uma nova receita de bolachas de mel e especiarias. Aqui no blog há outras tantas da mesma espécie, inclusive as famosas Speculatius - também chamadas de Speculaas e Speculaus e as Pferffenüssen, que são bolachas alemãs de especiarias.
Bolachas natalinas de mel e especiarias
(receita adaptada do livro Bolos artísticos, Festas e Butique)
Ingredientes
1/2 xícara de chá de manteiga (ou margarina de boa qualidade)
1/2 de xícara de chá de açúcar mascavo (comprimido na xícara)
1/2 xícara de chá de mel de abelhas
1 ovo
3 e 1/2 xícaras de chá de farinha de trigo
1 colher de chá de melado (opcional, caso não use acrescente mais 1 colher de chá de mel à receita)
1 colher de chá de gengibre em pó
1 colher de sobremesa de canela em pó
1/2 colher de chá de cravo em pó
1/2 colher de chá de pimenta da jamaica moída (ou outra especiaria à sua escolha, noz moscada ralada. por exemplo)
1 colher de sopa de café bem forte, já preparado (opcional)
1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio (substituí por fermento em pó, porque não gosto do sabor residual do bicarbonato)
1/4 de colher de chá de sal
Preparo
Unte e enfarinhe umas três assadeiras grandes para biscoitos e reserve-as de lado. Bata a manteiga, o açúcar e o mel até formar um creme fofo. Adicione o ovo e bata novamente. Fora da batedeira, acrescente a farinha, as especiarias e os demais ingredientes. Misture tudo. Forme uma bola achatada com a massa, coloque-a dentro de um saco plástico e leve à geladeira por 1 hora (pelo menos). Sobre uma superfície enfarinhas vá abrindo aos poucos a amassa e cortando os biscoitos com cortadores (mantenha o restante da massa na geladeira). Ligue o forno na temperatura de 180º C - com pelo menos 15 mintos de antecedência - para que ele esteja quente na introdução da primeira assadeira. Asse os biscoitos por cerca de 10 minutos (os meus demoraram mais). Espere que esfrie e decore-os com glacê real.
Nota: Não cobri os meus biscoitos com glacê, mas recomendo que façam isso.
Nota: Não cobri os meus biscoitos com glacê, mas recomendo que façam isso.
esta lata de biscoitos já virou presente
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O Leopardo - livro
(O texto abaixo foi publicado por mim em, 2012, em meu blog de livros)
Comprei o livrinho O Leopardo (Il Gattopardo, no original), apenas porque mais ou menos havia iniciado a coleção dos volumes de um determinado ‘pacote’ de livros, que certa editora estava lançando, mensalmente. Isso já faz uns 15 anos e até então desconhecia quem tinha sido Giuseppe T. di Lampedusa.
Uma lida no prefácio, escrito por Giorgio Bassani, o homem que levou o livro a ser publicado, lá na Itália, me deixou curiosa, pois ele se referia à obra como a um achado raro. Li o livrinho e me apaixonei por Lampedusa. O enredo não tem nada de mais: seria uma rememoração da vida do bisavô do autor, o príncipe Giulio Fabrizio di Salinas, que viveu intensamente o episódio da unificação do Estado italiano, fato ocorrido a partir da segunda década do século XIX.
Ocorre que a gente percebe o entrelaçamento existente entre o personagem do livro e o próprio autor, como se este tivesse desejado mostrar simultaneamente o bisavô e a si mesmo. Além disso, há a descrição da vida da nobreza italiana da época (Giulio Fabrizio di Salinas, como Giuseppe Tomasi – posteriormente - foram ambos príncipes de Lampedusa, uma ilha pertencente à Sicília). E a descrição da vida da família do príncipe é muito interessante.
filme O Leopardo, dirigido por Luchino Visconti
A estória depois foi filmada (em 1963), por Luchino Visconti, com os atores Burt Lancaster, Alain Delon e Claudia Cardinale, e o filme consagrou-se como uma obra prima. Mas, voltando ao livro, a estória nos encanta pela descrição da vida da alta aristocracia italiana, como mencionei. Mas também nos prende devido ao tema, pois relata a decadência da classe dominante, que estava sendo então destronada pela burguesia nascente. Percebe-se - ainda que muitas vezes sutilmente - o estado melancólico do príncipe, que julga a sua classe e família já vencidas e suplantadas, pela classe ascendente.
Quando toma conhecimento de que o seu amado sobrinho Tancredi de Falconeri vai se aliar aos - digamos - insurgentes, aliados de Garibaldi e "contra" a aristocracia (contra a própria família, portanto), o príncipe fica perplexo.
Questionando as razões do “disparate” ao sobrinho, este, com agudeza de espírito, profere a frase que depois se tornaria famosa, no mundo inteiro, por explicar um dos modos de operar da aristocracia, para manter o seu status e os seus privilégios:
“É preciso que tudo mude, para que permaneça como sempre foi”.
O príncipe então passa a apoiar o sobrinho, inclusive quanto à coligação que este faz com a classe ascendente, ao casar-se com a filha de um dos seus expoentes (o velhaco, porém perspicaz e novo rico, Don Calogero Sedàra). A ironia é que a filha do príncipe, a jovem Concetta, sempre havia amado o primo Tancredi, com quem acreditava que viria a casar-se.
Então, temos um livro que nos oferece um tema histórico; reflexões sociais e políticas interessantíssimas; descrições sobre a vida aristocrática; conflitos de valores e muito mais.
Então, temos um livro que nos oferece um tema histórico; reflexões sociais e políticas interessantíssimas; descrições sobre a vida aristocrática; conflitos de valores e muito mais.
Todavia, o que me arrebatou, mais do que tudo, foi o amor do príncipe Salinas pelos cães. E o fato de ele atribuir aos sicilianos de então uma índole violenta, ignorante - e, de certo modo, criminosa, o que nos faz antever o espírito que geraria a máfia. Não obstante tudo isso, é perceptível o amor do príncipe pela Sicília.
8 comentários:
Essas bolachas fizeram parte de minha vida desde sempre... Adoramos por aqui! beijos, tudo de bom,chica
Ficaram mt bonitas ja cheira a natal bonito post bjs
Olá Marly: a tua descrição do livro "prendeu-me" desde a primeira linha. Deve ser muito interessante e eu não o conheço. Vou ficar atenta a mais esta tua sugestão.
Quanto às bolachas , estão lindas e ,com especiarias, têm mesmo aquele cheirinho a Natal. Vou guardar a receita.
Bjn
Márcia
nossa marly, que lindo!! quanto talento! tb uso cafeteira italiana pra fazer café. eu gostei muito do livro e o filme é arrebatador. https://mataharie007.blogspot.com/2008/11/o-leopardo.html
Oi Marly, seus biscoitos são tão lindos de olhar, imagine comer!!!
Espero me animar para fazer biscoitos decorados este ano.
Abraço!
Marly, que coisa mais linda esses seus biscoitos. Como deve ser bom ganhar um presente desses no Natal.
Achei muito interessante sua resenha do livro. Vou ver se consigo lê-lo, ou então assistir o filme.
E que atual essa frase usada pela aristocracia: " É preciso que tudo mude, para que permaneça como sempre foi”.
Beijos.
Hum receitinha deliciosa... vou salvar no pinterest! Beijos Monalise
www.dividindoeperiencias.com
Ola que linda esses biscoitos eu amei vou tomar a liberdade e perguntar como e onde eu poço conseguir os cortadores se possivel eu atenciosamente agradeço
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