sexta-feira, 3 de julho de 2020

Risoto de frango e o que tem rolado

Olá, minha gente,
Como estão aí no confinamento? Espero que muito bem, empregando o tempo em coisas que distraiam a mente dessa situação surreal, rsrs. Eu estou na mesma, lendo um pouco mais, cozinhando e buscando evitar os sentimentos negativos. 


Acho que já disse aqui que adoro fazer risotos, né? É um prato sofisticado e saboroso, que leva poucos ingredientes e é fácil de fazer. Os meus preferidos são os de açafrão e os vegetarianos: de abobrinha, aspargos, etc. Mas o povo aqui faz questão de ter uma carne na refeição principal do dia, por isso eu tenho feito muitas vezes o risoto de frango (mas não só de frango, claro) 


Risoto de frango
(rende até 8 porções generosas)

Ingredientes

1 peito de frango cortado em cubinhos e temperado a gosto (pode ser feito também com sobras de frango assado ou cozido)
500 gramas de arroz para risoto (arbório, carnaroli, vialone)
1 colher de sopa de óleo de cozinha
2  colheres de sopa de manteiga (e mais, se desejar um risoto mais encorpado)
1 cebola média picada
½ xícara (120 ml) de vinho branco seco
1 colher de sobremesa de colorau (opcional)
1 litro ou mais de caldo de galinha (você pode fazer antecipadamente o seu próprio caldo com a carcaça do peito, se comprar o peito com osso; caso opte pela praticidade, use o caldo em pó, industrializado: é só dissolve-lo conforme as instruções da embalagem)
Sal, se necessário
30 gramas de queijo parmesão ralado, para o preparo + 30 gramas para servir com o risoto (ou a gosto)
Cebolinha verde picada

Preparo

Mantenha o caldo de galinha aquecido, em fogo baixo. Aqueça o óleo e a manteiga numa panela de fundo grosso e tamanho médio. Frite os cubinhos de frango (já temperados), até que dourem (uma boa pitada de açúcar apressa o processo). Acrescente a cebola picada e frite tudo. Junte o arroz (não se deve lavá-lo!) e o vinho e vá mexendo tudo até que o vinho evapore. Então vá juntando o caldo, concha a concha, mexendo sempre, para que o arroz solte o amido e fique cremoso e também para que não grude no fundo da panela, até que o arroz esteja cozido (al dente). Acrescente a primeira parte do queijo e mexa para que derreta. Corrija o sal, se necessário (adicione mais 1 colher de sopa de manteiga, se desejar) Sirva com a cebolinha e o restante do queijo. E lembre-se de que o risoto tem que ficar úmido!  

                                                            🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹

E estando com a família em volta, a gente sempre acaba cozinhando mais, especialmente os pratos preferidos de cada um (o que pode resultar num engordamento coletivo por cá, mas parece que isso não tem sido assim tão exagerado não, rsrs).
De qualquer modo, eu tenho feito também mais pão do que fazia antes, como muita gente por aí (aqui no blog eu já postei inúmeras receitas de pão).

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E nos fins de semana, tenho feito pudim de leite com frequência, porque é a sobremesa preferida do meu marido.


                                                         
Imagens Aleatórias

Também continuo tirando fotos aleatórias, com o objetivo talvez de melhorar como fotógrafa.

brinco de princesa (plantinha mimosa)

                                                      coléus (folhas de colorido magnifíco)

Bellita ao piano (treinando)


Sobre a leitura



Eu havia dito, num post  recente, que pensei em analisar – e comentar aqui -  os livros que leio (e  até os já resenhados) sob um viés mais realista. E isso porque acredito, realmente, que a literatura pode mudar uma pessoa; pode melhorar bastante o entendimento que ela tem do mundo e até de si mesma.
Para que isso aconteça é preciso que a leitura seja feita com cuidado e atenção. E de forma analítica e crítica. Se nos deparamos, por exemplo, com estórias de pessoas ricas e poderosas, temos que nos perguntar a origem da riqueza e do poder das tais pessoas (o autor da narrativa talvez não o faça, ou faça  parcialmente, que é o mais comum). Se o livro nos fala de pessoas pobres e deamparadas (ou ‘Humilhados e Ofendidos’, como as chamou Dostoiévski, rsrs) temos que buscar a explicação para essa condição também.  
De qualquer modo, a literatura nos fala sobre vidas e experiências que se situaram dentro de um período de tempo, com os seus costumes, suas leis  e tradições. E isso nos faz ver como era a vida então. Nos livros da inglesa Jane Austen, por exemplo, que viveu no século XVIII,  a gente pode ver que a condição das mulheres estava longe de ser a melhor, ainda que se tratasse de mulheres de famílias abastadas.  
É que, naquele tempo, as mulheres não tinham nenhuma autonomia, passavam da subordinação ao pai para a subordinação ao marido, quando casavam. E não tinham praticamente nenhum direito (a lei proibia – por exemplo - que elas recebessem herança, e caso algum pai, possuidor de bens, transferisse patrimônios para as filhas, estes passavam automaticamente ao marido, se elas se casassem).
Os empregos remunerados eram mal vistos para mulheres, e só eram tolerados às mulheres realmente necessitadas. Mulheres de classe média baixa podiam ‘tocar’ um armarinho ou uma papelaria, mas mesmo essas ocupações eram desencorajadas (e não agregavam status nenhum às pessoas que as desempenhavam).  
De resto, a educação feminina era pobre e básica porque se considerava que as mulheres não tinham capacidade intelectual suficiente, ou eram muito inferiores aos homens, nessa área. No entanto, as heroínas de Jane Austen eram inteligentes e capazes de tirar proveitos de situações adversas e restritivas. Elas procuravam se educar do modo que podiam, observando os homens, especialmente pais e irmãos. Se moravam em casa com biblioteca, procuravam ler de forma contínua e sistemática. 
Elas também buscavam a felicidade e a segurança econômica em casamentos ‘sensatos’ em que houvesse, senão amor, ao menos estima, pelo homem escolhido. Esse tipo de casamento não era – nem de longe – o mais comum naqueles anos.  
Então... temos que estar atentos a todas essas coisas, para não correr o risco de não aproveitar a leitura plenamente.
                                                               🍁
E é só, para o momento, até breve!



20 comentários:

Pedrita disse...

comigo está mais difícil, já perdi mais de 20 pessoas entre amigos e conhecidos. não está fácil. eu acabo não comprando o arroz específico para risoto então faço o q dizem q não é risoto com o arroz agulhinha. faço então mais arroz de forno. q é bom tb. pudim é muito bom mesmo. como sou sozinha não costumo fazer. que linda suas plantas. jane austen mostrava muito o aprisionamento das mulheres. as com pequenos dotes tinham dificuldade em casar e viravam um peso na família para alimentar. era uma questão social muito complexa. a filha então que se perdia comprometia o bom casamento de todas as outras. beijos, pedrita

Heloísa Sérvulo da Cunha disse...

Marly,
Seus posts são completos. Receitas saborosas, fotos lindas e comentários muito interessantes sobre livros lidos.
Também gosto de fazer risotos e percebi que nunca fiz o de frango. Pelo menos com esse jeito de risoto italiano. Fazia muito aquele risoto "brasileiro", acrescentando frango ensopado e desfiado ao arroz já pronto, colocando também ervilhas e queijo ralado.
Vou experimentar sua receita.
Beijo.

Prata da casa disse...

Olá Marly: concordo com a Heloísa. Os teus posts são sempre muito completos.
Embora goste de ler Jane Austen, a verdade é que aquele mundo já está ( felizmente) a anos-luz de distância.No entanto, boa literatura será sempre boa em qualquer época.
O pudim está com um aspeto delicioso. Não admira que seja o preferido do teu marido.Risoto não costumo fazer, mas gostei muito da receita.
Bjn
Márcia

" R y k @ r d o " disse...

Visitando o seu blogue fiquei encantado. Belas e saborosas receitas, embora eu seja mais de comer do que cozinhar. Defeito meu, lol
Este risoto de frango tem um aspecto magistral. As sobremesas é de deixar uma pessoa a salivar.
Fiquei seguidor

Feliz fim de semana
Cumprimentos poéticos

Dalva Rodrigues disse...

Oi Marly! Antes de mais nada, todas as fotos são maravilhosas, mas o do pudim me tentou, isso sim, tá muito apetitoso! rs
Aqui em casa filho tem feito bastante risoto, mas ainda não fizemos de frango, vou dar a sugestão para ele. Adoro o aroma do vinho, a cremosidade...delícia!
Quanto aos livros...Tem toda razão, o contexto faz o aproveitamento ser muito mais rico. Nem sempre temos essa sabedoria, quisera ter tido nos tempos que lia muito.
Abração, bom final de semana!

chica disse...

Que prato =tão bom esse risoto,Marly! E as fotos todas muito lindas. O pão é ótimo e por aqui também fazendo bastante deles.

Lindo domingo e boa nova semana! Aqui ainda EM CASA! beijos,chica

Cidália Ferreira disse...

Bom dia. Entrando pela primeira vez, mas gostei
A receita do risoto é bastante aliciante. Levei porque nunca fiz!:)

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O querer do meu Olhar ...

Beijo e um excelente Domingo.

Roselia Bezerra disse...

Boa tarde de Domingo, querida amiga Marly!
Bonitas mãos a tocar o piano com delicadeza.
Risoto é muito gostoso e no Domingo passado, como de carneiro. Muito saboroso, amiga.
As flores alegram tanto nosso 💙.
Esteja bem aí, cuide-se e Deus a proteja muito de todo mal.
Tenha uma nova semana abençoada!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem

As Mulheres 4estacoes disse...

Olá, Marly!

Risoto não é um dos meus pratos favoritos, por isso raramente faço.
Já o pudim de leite condensado eu gosto muito, assim como torta de limão do seu post anterior.

Essa quarentena pra mim tem sido um momento de muita reflexão, de olhar pro meu interno. Mas também tenho tido dias de muitos afazeres e por isso, quase não tenho lido, embora a leitura seja algo que eu goste muito.
Gostei bastante de você acrescentar uma análise mais reflexiva sobre um determinado livro.

Um abraço
Sônia

Chris Ferreira disse...

Oi Marly, aqui eu faço muito risoto. É o prato preferido da minha filha mais velhas. Eu acho ótimo porque permite muitas variações. Gostei muito da sua dica de fazer com frango.
Ah, eu também andei fazendo uns pães por aqui. Amanhã quero fazer um pão de canela. Espero que dê certo. Gente, sou louca por pudim de leite. Mas faço pouco porque sou capaz de comer um inteiro sozinha.
Lindas as suas plantas. A minha filha mais nova tem treinado bastante teclado e o pior é que ela insiste para que eu cante junto. E eu canto muito mal. Afff.
Gostei muito do seu post como sempre.
beijos
Chris


Inventando com a Mamãe / Instagram  / Facebook / Pinterest

A Paixão da Isa disse...

mas que post bonito as fotos sao lindas e esse risoto deve estar 5* deu agua na boca que bom que esta tudo bem por ai desejo tudo de bom muita saude bjs

Vanessa disse...

Olá!
Amei saber que fez esse risoto, eu amo risoto de frango, fica uma delícia e é um único prato o que facilita demais a vida.
Meu marido também ama pudim, faço as vezes aqui em casa, acho que faço muito pavê rs
Beijocas.


https://www.parafraseandocomvanessa.com.br/

Vanessa disse...

Olá!
Eu amo risoto, e a sobremesa preferida do meu marido é pudim.
Aqui eu intercalo bastante pudim e pavê rs
Beijocas.


https://www.parafraseandocomvanessa.com.br/

R's Rue disse...

Yum.

CÉU disse...

Olá, Marly!

Você está ocupando seu tempo o melhor possível em tempo de Pandemia, ou seja, lendo e cozinhando um pouco mais do que antes.

Gosto da sua receita, pois é bem simples e fácil de confecionar.

Em relação às suas leituras, posso te dizer que li alguns livros de Jane Austen, que foi uma "revolucionária" para a época. Como você disse, a mulher no século XVIII e até muito antes era considerada um ser inferior ao homem e sem capacidade para pensar e aprender. Nossa! Que burrice! Enfim, numa sociedade altamente machista e patriarcal, a mulher pertencia ao pai, enqto fosse solteira, e depois seria posse (até dói escrever essa palavra) do marido. Enfim, felizmente que os tempos mudaram muito, mas temos ainda um caminho longo a percorrer.

Eu sou Professora, estive em teletrabalho e agora estão decorrendo os exames. Tudo mais calmo, mas é preciso mto cuidado. Tenho lido, cozinhado pouco, pke eu faço o básico dos básicos, lido e escrito. Estou desde março sem auxiliar nas tarefas domésticas e tudo tem de passar pelas minhas mãos. Enfim, tenhamos esperança!

Beijos e boa semana.

Jovem Jornalista disse...

Nossa. Quantas gostosuras. Se o pudim estiver tão gostoso quanto bonito já está valendo.

Bom fim de semana!

Jovem Jornalista
Instagram

Até mais, Emerson Garcia

Pedrita disse...

off topic, marly, sobre o filme em guerra, eu reparei que o cinema europeu vem debatendo com maior profundidade essa questão do trabalho, do livre mercado. com essa polarização exacerbada no brasil, acham que é assunto da esquerda, quando na verdade não necessariamente. esse empreendedorismo, muito em voga no brasil e estimulado, é muito falso. vi um entregador de comida dizer q trabalha 10 hs por dia pra ganhar 25 reais, sendo q ele nem pensou q desse valor ele tem q tirar a manutenção da moto e o combustível. sem falar nas roupas do trabalho, moto pede roupas específicas e estragam muito. aposto que nem faz essa conta. o mesmo pra pessoas q trabalham em casa, mesmo q a casa seja própria, na conta do financeiro tem q descontar valor de aluguel, luz, tecnologia. os equipamentos inclusive, até mesmo pra quem cozinha em casa, tem q ser descontados, fogão melhor, gás, louças, artefatos de cozinha. tudo o q pessoa comprar, até mesmo pano de prato, tem q ser descontado, o q raramente acontece. aquele documentário sobre a cidade do jeans no pernambuco, só mostra como vivem, e é assustador, não há vida, só trabalho. mas todos enchem o peito pra dizer q são donos do seu próprio tempo, onde não existe o tempo para o lazer. muito triste. vi no canal like um filme francês q fala desse tema, mas não achei na programação do festival, vou procurar.

Pilar disse...

Hola marly, nos dejas dos sugerencias deliciosas, en casa nos encanta el risotto y especialmente el que sólo lleva verduritas y en cuanto al postre es uno de mis favoritos.
Me encanta leer y devoro libros, me he acostumbrado al libro digital cosa que nunca pense que que sucedería. He leído hace tiempo los libros que mencionas y nos dan una idea muy certera de una sociedad ya superada, gracias a Dios, en la que a la mujer intelectualmente se la tenía en poca o ninguna consideración.
Ahora se está polemizando mucho sobre el permitir o prohibir novelas como por ejemplo "Lo que el viento se llevó", en la que nos muestran sociedades que para nosotros son incomprensibles pero que existieron en su momento, creo que todo es historia y como tal la tenemos que conocer y aceptar. Bueno no sigo, un abrazo. Por cierto tus pinchos de palmito ¡riquísimos!

Lisandra disse...

adorei a receita, sempre que tenho vontade faço esse receita em casa e sempre fica muito boa...parabéns pelo blog

curso de manicure disse...

adorei o seu site...

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