quarta-feira, 6 de novembro de 2024
16 anos Saboreando a Vida!
domingo, 20 de outubro de 2024
Docinhos de Palha Italiana - para o Halloween de 2024 e...
quarta-feira, 16 de outubro de 2024
Pão Artesanal nº 2 Para o World Bread Day de 2024
Olá, amigos,
Eis que chegamos a mais uma edição do World Bread Day (blogagem coletiva de receitas de pães, envolvendo blogs de vários países). Esse evento foi criado por nossa amiga Zorra, do blog Kochtopf, em 2006. O objetivo da Zorra tem sido o de celebrar e promover a arte de fazer pães. Mas, vejam que o evento acontece no Dia Mundial da Alimentação/Dia Mundial do Pão, detalhe que nos lembra de que temos tido acesso ao nosso "pão de cada dia", ocorrência que me faz ser sempre grata.
Trouxe, hoje, uma nova receita de Pão Artesanal. Ela é parecidíssima com a receita que postei aqui, em maio passado. O pão de hoje, porém, não necessita de tantas horas de fermentação, detalhe que o torna interessante, especialmente naqueles dias em que desejamos comer um pão diferenciado (rústico, com casca crocante, interior macio e muito saboroso), sem dispor de tanto tempo ou fazer planejamento antecipado.
Pão artesanal nº 2
(receita daqui)Ingredientes
3 xícaras de farinha
2 colheres de chá de açúcar
1 1/2 colher de chá de sal
3/4 colher de chá de fermento seco instantâneo
1 1/4 xícaras de água
Em uma tigela grande, misture a farinha, o sal, o açúcar e o fermento. Adicione a água morna (43ºC, no máximo) e misture tudo para formar uma massa áspera. Cubra a tigela com filme plástico e deixe a massa descansar e crescer em um ambiente aquecido por cerca de 2 horas. Após as 2 horas, pré-aqueça o forno em 232ºC, com uma panela holandesa dentro (para que a panela holandesa* também seja pré-aquecida). Transfira a massa para uma superfície de trabalho enfarinhada (a massa ficará pegajosa, então polvilhe com um pouco de farinha, sempre que necessário); sove a massa (dobre-a sobre si mesma, vire e repita) por 2-3 minutos até formar uma bola de massa. Transfira para uma cesta de fermentação ou uma tigela forrada com papel manteiga/pergaminho. Cubra e deixe crescer por 35 minutos ou até que a massa dobre de tamanho. Coloque a bola de massa no forno holandês pré-aquecido forrado com papel manteiga ou pergaminho e asse a 232ºC por 30 minutos; reduza a temperatura do forno para 204ºC, remova a tampa e asse por mais 10-15 minutos, para que o pão doure (nesse ponto, quanto mais tempo você assar, mais crocante a crosta ficará... apenas certifique-se de que o fundo não queime).
Veja aqui o que é panela/forno holandês(a).
E é isso para hoje, mas teremos novo post na próxima 6ª feira. Até lá!
domingo, 1 de setembro de 2024
Sagu de vinho com creme e...Bem-vindo, setembro!
Setembro chegou me trazendo um novo ânimo e uma nova esperança, apesar dos tempos tenebrosos que atravessamos.
Logo ao acordar me vieram à mente vários trechos de canções que falam de setembro, o que reforçou a minha boa disposição. Eu me lembrei por exemplo, da canção (muito antiga) de uma banda chamada The Happenings, que dizia:
"I'll be alone each and every nightWhile you're away, don't forget to write
Bye-bye, so long, farewell
Bye-bye, so long
See you in September"
E a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão
Onde a gente plantou juntos outra vez…"
Eu quero falar
Eu quero ensinar o vizinho a cantar
Nas manhãs de setembro"
Bom, agora é torcer para que setembro nos traga um intervalo de serenidade em meio ao caos.
🌷🌷🌷🌷
Fiz hoje sagu de vinho, para que o povo da casa relembrasse dessa sobremesa, que há décadas eu não fazia. Quando a provou, Lili foi logo dizendo: é um quentão em forma de bolinhas e com creme, rsrs.
Sagu de vinho com creme
Ingredientes1 pacotinho de 500 gramas de sagu
Água suficiente para hidratar o sagu (só precisa cobri-lo)
1 e 1/2 litros de água (para cozinhar o sagu)
Pitadinha de sal
2 paus de canela médios ou 1 grande (ou a gosto)
1/2 colher de chá de cravos da índia inteiros (ou a gosto)
1 garrafa de vinho suave (mas pode ser do seco também)
1/2 litro de água
1 e 1/2 xícaras de açúcar
Preparo
Ponha o sagu de molho em água fria (que o cubra), por uns 20 minutos. Enquanto isso, coloque a água, o sal, a canela e os cravos numa panela funda e leve-os a ferver, em fogo médio. Deixe que a água fique impregnada pelo aroma e sabor das especiarias.
Tire a canela e os cravos da água fervente. Escorra a água do sagu (se tiver alguma, pois ele absorve a água). Ponha o sagu escorrido na água em que ferveu a canela e o cravo. Deixe que o sagu cozinhe, mexendo sempre, até que quase todas as bolinhas fiquem transparentes (uns vinte minutos). Tire o sagu do fogo, escorra a água e passe-o para uma bacia. Dê uma lavada nele, usando uma peneira e sob água corrente, para tirar o excesso de amido. Ponha outra panela funda no fogo com o vinho, o meio litro de água e o açúcar. Quando ferver, junte o sagu e deixe que cozinhe por mais 20 minutos, mais ou menos, mexendo de vez em quando (até que todas as bolinhas fiquem transparentes e macias, leva de 15 a 20 minutos). Se você achar que o sagu ficou muito seco, ponha um pouco mais de água e volte a fervê-lo. Deixe que o sagu esfrie, leve-o à geladeira e sirva juntamente com o creme.
Para o creme
Ingredientes
½ lata de leite condensado
500 ml de leite
½ caixinha de creme de leite
2 gemas de ovos
2 colheres (sopa) de amido de milho
1/4 de colher de chá de essência de baunilha
Ponha o leite condensado numa panela de fundo grosso. Dissolva o amido de milho no leite e junte-o ao leite condensado. Ponha uma peneira sobre essa panela, e passe as gemas por ela. Misture tudo e leve a panela ao fogo, mexendo sempre (com uma colher de pau) até que vire um mingau. Desligue o fogo e acrescente o creme de leite e a essência. Misture tudo e cubra a mistura com um pedaço de filme plástico (que deve ficar colado no mingau, para que não forme uma película dura na superfície do creme).
Imagens de minha casa (feitas na eterna tentativa de produzir boas fotos, com equipamento ruim)
e este, publicado em 1963, é incrível; tem uma diversidade enorme de receitasterça-feira, 16 de julho de 2024
Amendoim Praliné, o que rolou em julho, até aqui, e o livro Kindred laços de sangue
Amendoim Praliné
Ingredientes
2 xícaras de chá de amendoim torrado
1 xícara de chá de açúcar
½ xícara de chá de água
2 colheres de sopa de chocolate em pó
½ colher de chá de fermento em pó, para bolo
Se o amendoim não estiver torrado, torre-o numa frigideira grande ou na fritadeira. Na frigideira, mexa o amendoim até que fique torrado (cuidado para que não queime). Na fritadeira, preaquecida a 170ºC, e por cerca de 10 minutos, sacuda a cesta de vez em quando. Depois de torrado, ponha o amendoim, a água, o açúcar, o chocolate em pó e o fermento numa panela grande. Leve a panela ao fogo mexendo até que ferva. Assim que ferver passe a mexer com cuidado, para que os grãos não grudem e o açúcar se fixe neles. Quando não houver mais líquido, passe o amendoim para uma assadeira e deixe que esfrie.
E ...
A história começa com a protagonista, Danna, abrindo caixas de livros, juntamente com o marido, em 1976, a fim de os colocar na estante da nova casa, pois o casal havia acabado de se mudar.
De repente, ela se sente enjoada, entontecida, caindo de joelhos e prestes a perder a consciência. Mas logo ela se vê entre uma floresta e um rio, onde um garotinho ruivo está se afogando. Ela não pensa duas vezes, e corre para salvar o menino. Assim que o salva, aparece o pai da criança, apontando uma espingarda para ela, que só não é atingida por um tiro, porque volta à sala de onde saíra. Ela mesma não compreende o que havia acontecido, mas a experiência de ir ao encontro do menino/jovem e adulto, que muitas vezes se coloca em risco de morte, se repete, na vida da mulher.
A gente logo percebe que o menino, que se chama Rufus, e a família dele, estão a viver no século XIX, num mundo mergulhado no sistema escravista, onde as pessoas negras são submetidas a muita exploração e muito sofrimento. Danna é negra e casada com um homem branco, vive em Los Angeles, no século XX e goza de direitos e liberdades completamente proibidos às pessoas de cor, no século XIX.
O marido dela a acompanha, em uma das viagens, e os dois têm que agir com muita cautela e sabedoria, para sobreviver naquele mundo perigoso, especialmente para a mulher.
O tempo corre em escalas diferentes, nas duas situações. Vivências e acontecimentos que duram meses, no século XIX, equivalem a poucos minutos ou horas, no tempo presente de Danna, fato que ela constata, ao retornar das viagens.
Quando Danna se encontra em Maryland, no século XIX, junto aos Weylin, a família de Rufus, ela testemunha muita brutalidade e muita violência, contra os negros escravizados. Ela mesma, a certa altura, é severamente chicoteada, por ter sido flagrada a ensinar uma criança escravizada a ler.
A família Weylin, aliás, chega a ser sádica, com os escravos, e mesmo Rufus, que cria uma conexão com Danna, por ter sido salvo da morte por ela, várias vezes, não hesita em castigar brutalmente os escravos, porque então, era esse o costume, e a lei. Ele não poupa sequer uma jovem escrava negra, por quem se apaixona e com quem vem a ter filhos. A mulher em questão jamais corresponde ao amor de Rufus, sendo os filhos dela com ele resultantes de estupros (o que não a impede de amar as crianças).
Aí está o motivo que leva Danna a viajar no tempo, a fim de impedir que Rufus morra: ele é um antepassado dela, cuja vida precisa ser garantida, para que a futura existência dela seja assegurada.