terça-feira, 16 de julho de 2024

Amendoim Praliné, o que rolou em julho, até aqui, e o livro Kindred laços de sangue

                      


Olá, para todos!

Assim que soube que faríamos uma festa 'julina' aqui em casa, me coloquei "a postos", a fim de fazer um post completo sobre comidas de festa juninas (seria, provavelmente, o terceiro, publicado aqui no blog). Mas a festa foi adiada, para agosto, quase que em cima da hora, de modo que resolvi atualizar hoje as postagens do blog, ou ficaria mais dias sem postar, rsrs. 
O fato é que, com festa ou sem festa, estamos a comer as iguarias juninas desde junho. E entre as receitas preparadas esteve este amendoim praliné, que também é chamado de 'amendoim doce', ou 'caramelizado' ou ainda, 'açucarado'. 

Amendoim Praliné

Ingredientes

2 xícaras de chá de amendoim torrado

1 xícara de chá de açúcar

½ xícara de chá de água

2 colheres de sopa de chocolate em pó

½ colher de chá de fermento em pó, para bolo

 Preparo

Se o amendoim não estiver torrado, torre-o numa frigideira grande ou na fritadeira. Na frigideira, mexa o amendoim até que fique torrado (cuidado para que não queime). Na fritadeira, preaquecida a 170ºC, e por cerca de 10 minutos, sacuda a cesta de vez em quando. Depois de torrado, ponha o amendoim, a água, o açúcar, o chocolate em pó e o fermento numa panela grande. Leve a panela ao fogo mexendo até que ferva. Assim que ferver passe a mexer com cuidado, para que os grãos não grudem e o açúcar se fixe neles. Quando não houver mais líquido, passe o amendoim para uma assadeira e deixe que esfrie. 

Fiz também o delicioso bolo apamonhado, cuja receita publiquei aqui, em 2011. Este foi assado na fritadeira (air fryer). 


 
E fiz a 'canjica moreninha', cuja diferença para a receita postada aqui, é a caramelização de 1/3 (ou mais) da medida de açúcar (o caramelo é feito do mesmo modo do que se faz para o pudim de leite) e  é acrescentado à receita juntamente com o leite. Pode-se também juntar paçoquinhas, batidas no liquidificador, com parte do leite, à canjica já cozida. Coloquei 6 paçoquinhas, mas isso depende do gosto de cada um. 
                                                    
🌷🌷🌷🌷
                                                               
                                                         E ...

                  Os ipês roxos da cidade já estão florindo há três semanas



             🌷🌷🌷🌷

Montei uma mesa em verde, porque é preciso ter esperanças sempre, especialmente em tempos complicados, como os atuais. 


   🌷🌷🌷🌷

E, como mencionei na publicação anterior, li o livro abaixo, da mesma autora do que foi resenhado naquele post.

Atenção, o texto abaixo contém revelações sobre o enredo do livro 
          Kindred laços de sangue, de Octavia E. butler

A história começa com a protagonista, Danna, abrindo caixas de livros, juntamente com o marido, em 1976, a fim de os colocar na estante da nova casa, pois o casal havia acabado de se mudar.  

De repente, ela se sente enjoada, entontecida, caindo de joelhos e prestes  a perder a consciência. Mas logo ela se vê entre uma floresta e um rio, onde um garotinho ruivo está se afogando. Ela não pensa duas vezes, e corre para salvar o menino. Assim que o salva, aparece o pai da criança, apontando uma espingarda para ela, que só não é atingida por um tiro, porque volta à sala de onde saíra. Ela mesma não compreende o que havia acontecido, mas a experiência de ir ao encontro do menino/jovem e adulto, que muitas vezes se coloca em risco de morte, se repete, na vida da mulher.

A gente logo percebe que o menino, que se chama Rufus, e a família dele, estão a viver no século XIX, num mundo mergulhado no sistema escravista, onde as pessoas negras são submetidas a muita exploração e muito sofrimento. Danna é negra e casada com um homem branco, vive em Los Angeles, no século XX e goza de direitos e liberdades completamente proibidos às pessoas de cor, no século XIX.

O marido dela a acompanha, em uma das viagens, e os dois têm que agir com muita cautela e sabedoria, para sobreviver naquele mundo perigoso, especialmente para a mulher.

O tempo corre em escalas diferentes, nas duas situações. Vivências e acontecimentos que duram meses, no século XIX, equivalem a poucos minutos ou horas, no tempo presente de Danna, fato que ela constata, ao retornar das viagens.  

Quando Danna se encontra em Maryland, no século XIX, junto aos  Weylin, a família de Rufus, ela testemunha muita brutalidade e muita violência, contra os negros escravizados. Ela mesma, a certa altura, é severamente chicoteada, por ter sido flagrada a ensinar uma criança escravizada a ler.  

A família Weylin, aliás, chega a ser sádica, com os escravos, e mesmo Rufus, que cria uma conexão com Danna, por ter sido salvo da morte por ela, várias vezes, não hesita em castigar brutalmente os escravos, porque então, era esse o costume, e a lei. Ele não poupa sequer uma jovem escrava negra, por quem se apaixona e com quem vem a ter filhos. A mulher em questão jamais corresponde ao amor de Rufus, sendo os filhos dela com ele resultantes de estupros (o que não a impede de amar as crianças).  

Aí está o motivo que leva Danna a viajar no tempo, a fim de impedir que Rufus morra: ele é um antepassado dela, cuja vida precisa ser garantida,  para que a futura existência dela seja assegurada.

 O livro é bom e me fez sentir vontade de ler toda a obra da autora.

E é só para o momento, até breve!  


40 comentários:

chica disse...

Marly, fico feliz quando te vejo chegando pois sei das belezas que aqui vou ver!

Esses prelines de amendoim, muito simples e tão bons.

Todos doces juninos valem a pena! Adorei os ipês !

E que bom quando um livro apetece e retribui o que dele esperávamos.

Obrigadão pela tua presença sempre! beijos, chica

Roselia Bezerra disse...

Bom dia de Paz, querida amiga Marly!
No São Pedro, tivemos uma festinha familiar na roça.
Fiz o amendoim acima e todo mundo gostou. Também o pé de moça e a canjica amarela como o bolo pamonha. Estava inspirada e já acordei fazendo os quitutes.
Nunca comi a canjica acaramelada que você postou.
Não li o livro da autora que lhe encantou. Há obras que devoramos e queremos mais e mais...
Um post saboroso em todos os sentidos.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos

Luiz Gomes disse...

Boa tarde de terça-feira minha querida amiga Marly. Sou apaixonado por esses amendoins. Bolo apomonhado não conhecia. Os ipês roxos estão lindos.

Pedrita disse...

minha mãe adorava festas juninas. amo ipês roxos, que fotos lindas. linda a mesa posta. adoro samambaias, tenho algumas aqui no ap. não conhecia esse livro. beijos, pedrita

Pedrita disse...

marly, a história do sequestro do voo da vasp em 1988 é verídica. inclusive o protocolo militar de abater o avião durante o voo com civis. é surreal. eu não conhecia essa história.

Stefania disse...

Io adoro le arachidi caramellate, così come le noci oppure le mandorle.
Pensa che come tradizione ogni volta che vado ad una fiera ne prendo sempre un sacchetto, adesso con la tua ricetta posso farmele a casa, quando voglio 😋😋

Rajani Rehana disse...

Please read my post

Pandora disse...

Que linda sua mesa verde! Concordo muito que é preciso ter esperança nesses dias.

A proposito, que interessante chegar aqui e vê justamente a resenha de um livro da Octavia, pois justamente vim aqui comentar contigo que acabei de ler a Duologia "Sementes da Terra", peguei o "A Parábola do Semeador" para ler assim que terminei de comentar em teu último post e fui totalmente capturada pela história. Obrigada por ter me despertado para tirar esse livro da estante onde ele se encontrava desde 2019.

Quando li Kindred também amei a história, apesar de ter a pele clara, como a Danna descendo de pessoas afro-indígenas escravizadas, em minha família conta-se que a avó de minha avó fugiu de um engenho. Pensei muito nessa mulher cujo nome se perdeu no tempo enquanto acompanhava as aventuras de Danna.

Luiz Gomes disse...

Boa Noite minha querida amiga Marly. Confesso que não sou fã da maioria dos Funks. Tem o melodi. Mas, como fui no MAR e tinha a exposição, não deixaria de fazer uma matéria. Muitos Funks, são muita baixaria e com palavras de baixo calão. Sou carioca e gosto de música boa, com uma voz boa e afinada. E a maioria dos Funkeiros (nem sei se escrevi certo), não sabem cantar e não são afinados (sem preconceito). Fica tranquila, entendo seu gosto. Eu por exemplo sou barítono e muito chato com a música, principal na voz e canto.

chica disse...

Marly, voltei pra te avisar que usei teusw ipês por lá!
Obrigadão! beijos, chica

Podes ver aqui:

https://fincandoraizes.blogspot.com/2024/07/comparacoes.html

Mulher Nova Era disse...

Oi, amei esse ipê roxo, aqui é difícil nunca vi a planta, mais ele é lindo. Grande abraço.
www.mulhernovaera.com.br

Luiz Gomes disse...

Bom dia, uma excelente segunda-feira e uma ótima semana. Obrigado pelo comentário, quando tiver erros, pode puxar minha orelha. Spoiler agosto só Rio de Janeiro. E 5 anos de Blogger.

Rose Gleize disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rose Gleize disse...

Oi, Marly! Que postagem deliciosa!
Gosto muito das comidas típicas de festa junina! E nunca provei o amendoim praliné, mas deve ser tão saboroso quanto e vou guardar a receita aqui comigo e a de canjica moreninha também; adorei a ideia de bater paçoca com leite no liquidificador e acrescentar à canjica. Deve ser muito bom!
A coisa mais linda em Brasília pra mim é a época das flores na cidade! Dos Ipês e outras flores da região.
Adoro dicas de leitura, pois é a literatura sendo divulgada! Ainda vou ler a resenha que você deixou com calma, mas já quis deixar meu comentário.
Tudo de bom pra você! 💐🎈

Meu blog de receitas culinárias:
https://mesaesobremesas.blogspot.com/

Jovem Jornalista disse...

Comidinhas maravilhosas. Adorei essas plantinhas!

Boa semana!

O JOVEM JORNALISTA está no ar com muitos posts e novidades! Não deixe de conferir!

Jovem Jornalista
Instagram

Até mais, Emerson Garcia

Maria Luiza disse...

Impecável sempre, Marly! Tudo aqui tem um refinamento, um requinte inigualável! As fotos brilham exclusivamente, deixando as papilas gustativas aceleradas quando apresentadas. Os ipês estão também aqui, mas muitos, já se despojando de suas flores. Logo mais, começam os amarelos a brilhar depois os rosas e brancos. Uma maravilha! Também uso o verde na mesa, linda a sua! Sua atitude com a literatura é rica, assim como é sua prosa!Reconheço uma pessoa de finesse. Merece os elogios reais! Prazer imenso de estar aqui!

Isabel disse...

Fiquei com água na boca! Está com um aspeto divinal!

Beijos e Abraços,

BLOG | Instagram

Luiz Gomes disse...

Boa tarde e uma excelente quinta-feira minha querida amiga Marly. Confesso que, dependendo da pintura, cada um tira sua impressão e as vezes percebe um detalhe diferente.

Clarinha disse...

Que delícia.

Beijinhos,
Clarinha
https://receitasetruquesdaclarinha.blogspot.com/2024/07/broas-de-mel-quase-fit.html

Luiz Gomes disse...

Boa Noite minha querida amiga Marly. Sobre a OMS, já ouvi falar. Que Deus tenha misericórdia de nós. Bom final de semana. Em agosto só postagens do Rio de Janeiro, se Deus quiser e espero que você goste.

Sérgio Santos disse...

Acredita que nunca comi esse amendoim e nem canjica? Pois é... kkk Mas esse amendoimm deve ficar mt bom!!!! já canjica tenho receio até hoje de provar. E vai ser festa agostina então kkk. Bjsssss

Ella M Gagne disse...

After a long absence, I'm back with these small pieces of work completed at a snail's pace. My tendonitis flares up frequently, and the doctor has advised against knitting or any other activities that require significant arm effort. Consequently, I'll be knitting less. Naturally, I plan to disobey and will create smaller pieces more slowly, limiting production to family and friends. In the meantime, I'll also be focusing on providing assignment help to keep myself busy and productive.

Jovem Jornalista disse...

Parece ser uma ótima leitura essa.

Boa semana!

O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!

Jovem Jornalista
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Até mais, Emerson Garcia

Ella M Gagne disse...

After a long absence, I'm back with these small pieces of work completed at a snail's pace. My tendonitis flares up frequently, and the doctor has advised against knitting or any other activities that require significant arm effort. Consequently, I'll be knitting less. Naturally, I plan to disobey and will create smaller pieces more slowly, limiting production to family and friends. In the meantime, I'll also be focusing on providing assignment help to keep myself busy and productive.

Luiz Gomes disse...

Uma excelente tarde de domingo e um bom início de semana, minha querida amiga Marly. Zerbini é maravilhoso. Seu trabalho é incrível. Me aprofundei para tirar fotos, melhores. As pinturas são maravilhosas e parece que você que estar lá, junto.

Isabel disse...

Passando para agradecer a visita no meu blog e desejar uma boa semana!

Beijos e Abraços,

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Sérgio Santos disse...

Perto da minha rua tinha um Ipê lindo e a Comlurb simplesmente cortou sem qualquer explicação. Até hj nao me conformo...

Luiz Gomes disse...

Boa tarde de sexta-feira. Desejo um excelente final de semana minha querida amiga Marly. Realengo na música do Gil e tem na sua área territorial, uma parte do Parque Estadual da Pedra Branca. Grande abraço carioca. Continuando pela Zona Oeste.

Stefania disse...

Buona settimana di ferragosto.

Luiz Gomes disse...

Boa tarde e uma excelente quinta-feira minha querida amiga Marly. CONCORDO TOTALMENTE COM SEU COMENTÁRIO SOBRE A RITA LEE.

Morgan C. Nascimento disse...

Oi, boa tarde, Marly!
Vem aí evento do livro novo , é nessa sexta (16),
com parte do valor sendo destinado a ajudar alguém diretamente impactado(a) pelas enchentes aqui no RS. Se puder, chegue conosco!
Terno abraço

Luiz Gomes disse...

Boa noite minha querida amiga Marly. Ninguém roubo quadros de Monet, Picasso ou Matisse, sem tem um profundo conhecimento, do que está roubando.

Maria Rodrigues disse...

Doces com um delicioso aspecto, uma mesa linda e elegante, encantadoras Ipês floridos e uma boa sugestão de leitura. Tudo perfeito ❤️
Beijinhos

Luiz Gomes disse...

Bom dia e uma excelente sexta-feira. Bom final de semana com muita paz e saúde. O menino Benjamin Constant, se tirasse a própria vida, nem teclaríamos, minha querida amiga Marly. E que bom que ele não conseguiu. Primeiro lugar, por sua vida e a história que ele deixou e seu legado.

داميان تشاندلر disse...

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فيفيانا نورمان disse...

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أزيل أوستن disse...

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أليفيا لاندري disse...

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Luiz Gomes disse...

Bom dia. Uma excelente quarta-feira. Obrigado por suas palavras de carinho.

A Casa Madeira disse...

Esses ipês são lindos.
Prazer em conhecer seu blog.

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